quarta-feira, 29 de março de 2017

Quando o “Papa comunista” era Montini

‘Warmed-up Marxism’, “Marxismo requentado”: foi assim que o Wall Street Journal qualificou a Populorum Progressio, a encíclica de Paulo VI sobre o desenvolvimento, publicada exatamente 50 anos atrás. Que citando São Tomás e Santo Ambrósio falava também  de expropriações e de luta armada
Tradução: Orlando Almeida
Era domingo de Páscoa,  aquele 26 março 1967.  Dia em que o Papa Paulo VI anunciou ao mundo a encíclica Populorum Progressio.
O documento papal, de que hoje se celebram cinquenta anos de publicação, expressava uma visão profética do estado das coisas do mundo, exatamente porque se inspirava nas fontes da Tradição e dos Padres da Igreja. E era exatamente isso que lhe consentia desempatar o jogo. Ter em conta os condicionamentos e os posicionamentos pré-estabelecidos do poder do mundo, sem deixar-se absorver por eles.
Na atmosfera estagnada da guerra fria, o Papa, em vez de dividir o mundo entre Oriente e Ocidente, entre comunistas e democratas, ousou afirmar que a verdadeira cortina de ferro era a que dividia o Norte do Sul do mundo, os “povos da opulência” dos “povos da fome”.
Assim, com uma simples constatação, quebrava, mesmo sem o querer, um tabu importante para os guardiões dos equilíbrios de poder então existentes: o do Papa capelão do Ocidente, da Igreja alinhada com a frente capitalista. Naquele tempo, para influentes círculos católicos do Ocidente, o simples falar do capitalismo como “fonte de tantos sofrimentos”, como fazia a encíclica, equivalia a pular o fosso, a negociar com o inimigo.

Uma encíclica “francesa”

Paulo VI tinha pensado desde o início de seu Pontificado em uma encíclica sobre os perdedores da modernidade. Andava recolhendo documentos e arquivos numa pasta com um longo título. A inspiração próxima, como explica no parágrafo 4, veio-lhe das viagens à África, Ásia e América Latina, feitas por Montini primeiro como arcebispo de Milão e depois como papa, durante as quais “podemos ver com os nossos olhos, tocar com a mão, as gravíssimas dificuldades que assaltam povos de civilização antiga, a braços com o problema do desenvolvimento”.
Na Ásia e na África, países que acabavam de sair do colonialismo procuravam tirar proveito da guerra fria para aumentar o preço da sua fidelidade a um dos dois antagonistas.
Na América Latina, assistia-se às primeiras manifestações do choque dos regimes ditatoriais de “segurança nacional” com a oposição popular e as guerrilhas marxistas.
Para Paulo VI, a pedra angular da questão social, naquele momento histórico, era a do desenvolvimento. Paulo VI recuperou no novo contexto, a “neutralidade política” da Igreja já prefigurada também por Pio XII na radiomensagem do Natal de 1951. A velha questão social tinha assumido dimensões globais.
Onde antes estavam o proletariado e a classe trabalhadora, em meados dos anos sessenta encontravam-se povos inteiros famintos do sul do mundo.
No texto Paulo VI derramou toda a sua sensibilidade cultural. A lista de citações de escritores contemporâneos – novidade para uma encíclica papal – inclui autores franceses caros a Montini:
  • o filósofo Jacques Maritain,
  • os teólogos do concílio Marie Dominique Chenu e Henri de Lubac.
  • O inspirador das passagens mais pragmáticas foi o dominicano bretão Louis Lebret, personagem anômalo e vulcânico, daqueles que ainda podiam ser achados na Igreja daquele tempo: ex-oficial da Marinha, tinha visto de perto as misérias dos povos da fome, e como dominicano tinha criado movimentos e grupos de pesquisa que utilizavam também as novas ciências sociais para tentar sugerir soluções concretas para as emergências sociais.
Devem-se a ele as passagens que denunciavam com competência técnica os mecanismos financeiros que  na época derrubavam as economias dos países em desenvolvimento.

Na companhia de Ambrósio e Tomás

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Mas as passagens mais eficazes são aquelas em que Paulo VI aplica à nova situação os conteúdos da Tradição, a começar pelos Padres da Igreja. Cita o De Nabuthae de Santo Ambrósio, para repropor a tradicional “hipoteca social” sobre a propriedade privada.
Assim
  • desmonta o novo dogma da propriedade privada inviolável
  • e deduz, também com base nos escritos do santo bispo de Milão, a legitimidade de medidas como a expropriaçãoprecisamente nos anos em que a questão estava mais incandescente devido às lutas entre fazendeiros e camponeses miseráveis na América Latina.
Reconhecendo que “o bem comum às vezes exige a expropriação” quando certas posses,
  • por sua extensão excessiva,
  • e em situações de pobreza generalizada,
  • são de maneira óbvia “um obstáculo para a prosperidade coletiva”.
Retoma também a fórmula mais dura e crua da encíclica Quadragesimo Anno do Papa Pio XI, para condenar “o imperialismo internacional do dinheiro”.
Recorre a termos da análise marxista para denunciar o neocolonialismo (“pressões políticas e do poder econômico, exercidas com a finalidade de defender ou conquistar uma hegemonia dominadora”).
Lança, já então, o alarme sobre
  • as derivas tecnocráticas (“a tecnocracia de amanhã pode ser fonte de males não menos temíveis do que o liberalismo de ontem”)
  • e sobre a retórica hipócrita do “livre comércio”
utilizada para tornar crônicas as relações de força entre o Norte e o Sul do mundo, jogando sujo nos preços das matérias primas.
Com a linguagem da teologia católica mais consolidada, Paulo VI também
  • encara a possibilidade histórica de que a raiva pela injustiça e pela exploração possa provocar insurreições violentas: a avareza obstinada dos ricos não poderá senão suscitar “o julgamento de Deus e a cólera dos pobres, com consequências imprevisíveis” (n.49).
  • A insurreição armada, embora indicada como fonte de novas injustiças e ruínas, é justificada “no caso de uma ditadura prolongada que atente gravemente contra os direitos fundamentais da pessoa e prejudique de forma perigosa o bem comum do país”.
A mesma possibilidade já tinha sido reconhecida e justificada, nos mesmos termos, por São Tomás na Summa Theologica.
Assim, citando São Tomás e os Padres da Igreja, Paulo VI quebrava o dogma cultural dos tempos modernos segundo o qual a defesa da Tradição, na Igreja, deveria coincidir necessariamente com uma visão cultural e política “de direita”.  O Papa lombardo repetia que a preferência pelo pobre, até nas suas consequências “subversivas”,  é uma escolha de Deus, inscrita no mistério da sua predileção.

 Papa “maoísta”

“Warmed up Marxism” marxismo requentado. Assim foi liquidada a encíclica de Montini pelo Wall Street Journal. Também para Time, algumas partes do documento papal tinham “o tom estridente de uma polêmica marxista do começo do século”.
Seguindo na esteira dos grandes jornais de Além-mar, a imprensa italiana de direita também relançou o espantalho do Papa “vendido aos comunistas”.
O jornal romano Il Tempo falou de “pastoral da pregação substituída pela espada ou cimitarra da ação da insurreição ou da guerrilha”, sustentando que “a tese da divisão do mundo em países do Norte industrializados, imperialistas, egoístas, exploradores e países do Sul atrasados, explorados e camponeses, é própria de Mao e da China Popular”.
De qualquer forma – acrescentava o jornal romano – não havia nada por que se preocupar porque, apesar das palavras do Papa, “setores muito amplos, influentes e poderosos, da Igreja católica militam do lado do lucro, possivelmente absolutos e exclusivos, do lado do mundo industrializado e avançado”.
O semanário satírico Il Borghese, num artigo intitulado “Avanti populorum alla riscossa” [Avante ‘populorum’, à reconquista]* afirmou que o Bispo de Roma tinha feito seu  “todo o lixo anti-liberal e anti-burguês”.
Ao passo que o Corriere dela Sera minimizou, salientando que na realidade o “capitalismo deplorado na encíclica não existe mais”.
Por seu turno, a agência soviética Novosti reconheceu que “a Populorum progressio contém talvez as palavras mais duras ditas sobre o capitalismo desde quando Jesus expulsou do templo os usurários e os cambistas”, acrescentando, com uma nota de política eclesiástica, que “dificilmente a nova encíclica vai agradar ao cardeal Spellman, para o qual servir a Deus significa estar ao serviço da política americana”.
Mas os comentários críticos não vieram só da direita. Também a imprensa burguesa iluminada disparou contra a encíclica dos pobres.
A revista Epoca deu a um seu artigo o título de “Populorum Progressio, Ecclesiae regressio” (Progresso dos Povos, Regressão da Igreja - NdR.)
Enquanto que o líder dos vaticanistas da época, Carlo Falconi, do semanário Espresso, contrapôs à encíclica os textos sociais do Papa Roncalli, criticando também os “centros paroquiais equipados com cinemas, campos esportivos e bares”, identificados por ele como “a trave  no olho” da Igreja.
Eram os primeiros sinais do que, nos anos seguintes, se tornaria o autêntico linchamento sofrido pelo Papa Montini da parte dos mais poderosos meios de manipulação da opinião pública ocidental.
Por outro lado a recepção mais entusiástica da encíclica foi registrada em países em desenvolvimento e nas Igrejas desses países.
Na Tanzânia, o presidente Julius Nyerere escreveu a “Declaração de Arusha”, a Magna Carta do socialismo Africano, inspirando-se na encíclica de Montini.
E em agosto de 1968, em Medellín, a segunda Conferência Geral do episcopado da América Latina, inaugurada na presença do Papa Paulo VI, realizou-se todo à sombra da Populorum Progressio, que no documento final foi citada 28 vezes.

 Gianni Valente xx
Gianni Valente


Avanti o popolo alla riscossa … são as primeiras palavras de
Bandiera rossa, uma canção popular tradicional dos trabalhadores italianos de matriz comunista e socialista, fazendo referência à ‘bandiera rossa’ (bandeira vermelha), emblema dessas ideologias (fonte:web).

terça-feira, 28 de março de 2017

Papa é sábio ao aceitar casados, diz padre gaúcho que teve matrimônio anulado

Marcos Sérgio -26 de Março 2017 
Foto: Pe. Osmar Burille – UOL
 A avenida Monsenhor Paulo Chiaramont percorre por quatro quadras o centro de União da Serra (a 214 km de Porto Alegre). Nenhuma delas, no entanto, tem o poder concentrado na região da praça central. De um lado, a prefeitura do pequeno município. De outro, a Paróquia Santo Antônio.União da Serra (RS) é o município mais católico do Brasil, segundo o IBGE (99,4% da população).
Apenas 12 pessoas se declararam evangélicas em 2010, ano do último Censo, entre seus 1.620 habitantes. Seu pároco, Osmar Burille, 51, também tem um título único: o brasileiro que conseguiu a anulação do casamento para exercer o sacerdócio. Por dez anos ele viveu com uma mulher e tem uma filha, Samara.
Essa autorização do Vaticano, de certa forma, antecedeu uma declaração do papa Francisco dada há duas semanas. O sumo pontífice, na ocasião, disse cogitar permitir que homens mais velhos casados sejam transformados em padres em comunidades isoladas.
“Temos que pensar se os ‘viri probati’ [homens casados, de fé comprovada, que podem se tornar padres] são uma possibilidade. Então depois precisamos determinar quais tarefas eles poderiam assumir, como em áreas isoladas, por exemplo”, disse ao jornal alemão “Die Zeit”.
O papa, no entanto, descartou abrir o sacerdócio a todos os homens casados ou acabar com o compromisso do celibato entre os padres.
A cidade gaúcha passou pela dificuldade citada pelo argentino. Mesmo em um universo que contempla quase que só católicos, as duas paróquias do município (além da de Santo Antônio, a de Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Pulador) estavam vacantes. O padre adoeceu, e outro representante era enviado às igrejas apenas em casos de morte ou de festa de padroeiros.
Burille, separado da mulher desde 1999, só pôde ser ordenado padre dez anos depois da decisão, quando o Tribunal Eclesiástico da Santa Sé declarou nulo seu casamento, o que o deixou livre para o sacerdócio –homens casados podem celebrar rituais da Igreja Católica, mas apenas como diáconos, o que os impedem de celebrar missas e consagrar hóstias.
“O papa Francisco é um sábio”, afirma o pároco de União da Serra. “Portanto, não descarta essa possibilidade. Sou a favor de padres casados por se tratar de uma vocação. Atualmente há uma grande necessidade de sacerdotes no Brasil e no mundo. A igreja não tem de ter medo de correr risco em ordenar homens casados. Somos humanos, e tanto o padre celibatário quanto o padre casado são formados homens de Deus, mas que vivem as circunstâncias do mundo em evolução.”
Samara, recém-formada em políticas públicas pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), compartilha da opinião do pai. 
“Acho interessante dar oportunidade aos padres casados e espero que, apesar de a Igreja Católica ser conservadora, a adesão das mulheres seja o próximo passo. Acredito que a orientação dele seria a mesma, independentemente de ser padre, pois ele sempre foi muito católico. O que influencia são as pessoas que me caracterizam como a filha do padre, como se eu tivesse feito os mesmos votos que ele, e isso me incomoda um pouco.”

O padre Osmar Burille e a filha, Samara. Foto: Acervo pessoal

Sou a favor de padres casados por se tratar de uma vocação. A Igreja Católica não tem de ter medo de correr risco em ordenar homens casados. Somos humanos”
O pároco é de uma família de 13 irmãos. Dois deles optaram pelo sacerdócio. “No tempo de minha infância, o padre vinha uma vez por mês rezar missa e eu gostava de sentar sempre no primeiro banco da frente para escutar o momento da consagração [da hóstia]. Havia decorado o rito”, diz.
Antes de casar, aos 22 anos, Burille trabalhou em uma fábrica de vitrais para igrejas, em outra de calçados, lavou carros e atendeu em um mercadinho. Em 1985, passou a fazer parte formalmente da igreja, ao ser convidado para ser ministro da Comunhão Eucarística, cujo mandato estendeu até 2008, ano em que recebeu a ordenação diaconal, anterior à consagração como padre.
Depois de separação, foi orientado a habilitar o processo de nulidade do matrimônio -pedido que passou pelo bispo da diocese de Passo Fundo, que atende as paróquias de União da Serra.
“Tenho muito respeito e sou feliz porque ela me deu uma filha. É pena que muitos matrimônios possam ser declarados nulos [e], pela falta de interesses e de orientação por parte da igreja, não utilizem essa possibilidade de recomeçar uma relação com a bênção e o acompanhamento espiritual. O casamento é um sacramento e sempre terá seu valor reconhecido. Nem Deus quer que os casais vivam de aparências sociais. É preciso encontrar um caminho menos penoso para cada situação.”

“Vocês estão na minha agenda”

Na outra ponta do país, em São Luís (MA), o português João Tavares, 76, diz nunca ter deixado de ser padre, embora esteja casado desde abril de 1979 e tenha duas filhas –de 32 e 33 anos– e uma neta, de 10.
“Não abandonamos o sacerdócio que, segundo a teologia católica, é um sacramento que imprime caráter, como o batismo e o crisma e, portanto, é para sempre. Os que decidimos casar deixamos o ministério, o exercício clerical. Não por nossa vontade, mas porque essa era a condição para podermos casar na igreja. Infelizmente, a Igreja Católica do Ocidente ainda liga ministério sacerdotal com o celibato obrigatório. Mas isso vai mudar. Não sei quando, mas vai.”
Membro e ex-presidente do Movimento das Famílias dos Padres Casados do Brasil, Tavares tem mantido contato permanente com os setores da igreja. “Pelo que sei, de fontes oficiais e oficiosas, inclusive de nossos colegas em Buenos Aires, [o papa] Francisco sabe da existência dos grupos de padres casados. E tem mandado recados: ‘Fiquem unidos, vocês estão na minha agenda, mas ainda tenho assuntos muito grandes urgentes a tratar’.”
Segundo o sacerdote, o papa visitou em Roma um grupo de famílias de padres casados e respondeu, em carta manuscrita, a um colega argentino sobre a “sensação de abandono por parte da hierarquia”. “Essa carta deu origem a um livro com mais uma dúzia de cartas de padres casados argentinos ao papa: ‘Querido Hermano'”, diz.
Tavares permaneceu 11 anos celebrando missas, até decidir pelo matrimônio, em 1979.
“Sofri por deixar o ministério. Gostava do que fazia. Mas a decisão foi muito bem amadurecida, por dois anos. Aceitei deixar o ministério, não porque não gostasse do sacerdócio e do meu trabalho na pastoral, mas porque o Vaticano, quando dá a dispensa para casar, obriga o padre a deixar o ministério.”
“O papa Francisco sabe da existência dos grupos de padres casados. E tem mandado recados: ‘Fiquem unidos, vocês estão na minha agenda”disse João Tavares, do Movimento das Famílias dos Padres Casados do Brasil.

“Nossa luta é por um celibato opcional”

Prelazia do Xingu é a maior do país. A área ocupada pela região diocesana é de 368.092 km², equivalente ao território da Alemanha. O tamanho não é a única dificuldade encontrada pela religião na região: é uma área de floresta amazônica, de garimpo, rios de difícil travessia e aldeias indígenas.
Segundo apurou a reportagem, o pedido para que o papa Francisco intercedesse para que homens casados pudessem celebrar missas partiu da prelazia, que passou o recado para o arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, que o fez chegar até o Vaticano. A reportagem contatou Hummes e o bispo emérito do Xingu, dom Erwin Krautler, com quem conversou por telefone e enviou, a seu pedido, as perguntas por e-mail, não respondidas até a publicação deste texto.
Membros da prelazia queixaram-se com o papa da falta de padres para cuidarem das inúmeras comunidades e solicitaram a autorização para ordenar homens casados. A resposta foi a de que o assunto seria estudado e que dependeria da pressão dos bispos.

“Infelizmente poucos bispos do Brasil e do mundo se interessam pelos padres casados das suas dioceses. Salvo poucas e honrosas exceções”, diz Tavares, do Movimento das Famílias dos Padres Casados.
“Antes de permitir o casamento dos atuais padres ou o casamento dos que vão se ordenar nestes próximos anos, haveria outras possibilidades mais fáceis e imediatas: readmitir padres que casaram e que estivessem dispostos a voltar ao ministério, ordenar homens casados de boa vivência humana e cristã e bem aceitos em suas comunidades e ordenar padres os diáconos casados. Nossa luta é por um celibato opcional: antes da ordenação, quem quiser casa. Quem não fica solteiro.”

domingo, 26 de março de 2017

Para CNBB, Reforma da Previdência “escolhe o caminho da exclusão social”

CNBB - 24/03/2017 – Foto: Cardeal Sérgio Rocha, Presidente da CNBB – José Cruz/Agência Brasil
 A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta quinta-feira, dia 23 de março, uma nota sobre a Reforma da Previdência. No texto, aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, os bispos elencam alguns pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, considerando que a mesma “escolhe o caminho da exclusão social” e convocam os cristãos e pessoas de boa vontade “a se mobilizarem para buscar o melhor para o povo brasileiro, principalmente os mais fragilizados”.
A informação é publicada por CNBB, 23-03-2017.
Em entrevista coletiva à imprensa, também foram apresentadas outras duas notas. Uma sobre o foro privilegiado e outra em defesa da isenção das instituições filantrópicas. Na ocasião, a Presidência da CNBB falou das atividades e temas de discussão durante a reunião do Conselho Permanente, que teve início na terça-feira, dia 21 e terminou no fim da manhã desta quinta, 23.

Apreensão

Na nota sobre a PEC 287, a CNBB manifesta apreensão com relação ao projeto do Poder Executivo em tramitação no Congresso Nacional. “A previdência não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os direitos Sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio”, salientam os bispos.
O Governo Federal argumenta que há um déficit previdenciário, justificativa questionada por entidades, parlamentares e até contestadas levando em consideração informações divulgadas por outros governamentais. Neste sentido, os bispos afirmam não ser possível “encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias”.
A entidade valorizou iniciativas que visam conhecer a real situação do sistema previdenciário brasileiro com envolvimento da sociedade.

Eis a nota.

“Ai dos que fazem do direito uma amargura e a justiça jogam no chão”
(Amós 5,7)
Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, dos dias 21 a 23 de março de 2017, em comunhão e solidariedade pastoral com o povo brasileiro, manifesta apreensão com relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de iniciativa do Poder Executivo, que tramita no Congresso Nacional.
O Art. 6º. da Constituição Federal de 1988 estabeleceu que a Previdência seja um Direito Social dos brasileiros e brasileiras. Não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os Direitos Sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio.
Abrangendo atualmente mais de 2/3 da população economicamente ativa, diante de um aumento da sua faixa etária e da diminuição do ingresso no mercado de trabalho, pode-se dizer que o sistema da Previdência precisa ser avaliado e, se necessário, posteriormente adequado à Seguridade Social.
Os números do Governo Federal que apresentam um déficit previdenciário são diversos dos números apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao próprio governo. Não é possível encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias. É preciso conhecer a real situação da Previdência Social no Brasil. Iniciativas que visem ao conhecimento dessa realidade devem ser valorizadas e adotadas, particularmente pelo Congresso Nacional, com o total envolvimento da sociedade.
O sistema da Previdência Social possui uma intrínseca matriz ética. Ele é criado para a proteção social de pessoas que, por vários motivos, ficam expostas à vulnerabilidade social (idade, enfermidades, acidentes, maternidade…), particularmente as mais pobres. Nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores éticos-sociais e solidários. Na justificativa da PEC 287/2016 não existe nenhuma referência a esses valores, reduzindo a Previdência a uma questão econômica.
Buscando diminuir gastos previdenciários, a PEC 287/2016 “soluciona o problema”, excluindo da proteção social os que têm direito a benefícios. Ao propor uma idade única de 65 anos para homens e mulheres, do campo ou da cidade; ao acabar com a aposentadoria especial para trabalhadores rurais; ao comprometer a assistência aos segurados especiais (indígenas, quilombolas, pescadores…); ao reduzir o valor da pensão para viúvas ou viúvos; ao desvincular o salário mínimo como referência para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), a PEC 287/2016 escolhe o caminho da exclusão social.
A opção inclusiva que preserva direitos não é considerada na PEC.
Faz-se necessário
Essas opções ajudariam a tornar realidade o Fundo de Reserva do Regime da Previdência Social – Emenda Constitucional 20/1998, que poderia provisionar recursos exclusivos para a Previdência.
O debate sobre a Previdência não pode ficar restrito a uma disputa ideológico-partidária, sujeito a influências de grupos dos mais diversos interesses. Quando isso acontece, quem perde sempre é a verdade. O diálogo sincero e fundamentado entre governo e sociedade deve ser buscado até à exaustão.
Às senhoras e aos senhores parlamentares, fazemos nossas as palavras do Papa Francisco:
“A vossa difícil tarefa é contribuir a fim de que não faltem as subvenções indispensáveis para a subsistência dos trabalhadores desempregados e das suas famílias. Não falte entre as vossas prioridades uma atenção privilegiada para com o trabalho feminino, assim como a assistência à maternidade que sempre deve tutelar a vida que nasce e quem a serve quotidianamente. Tutelai as mulheres, o trabalho das mulheres! Nunca falte a garantia para a velhice, a enfermidade, os acidentes relacionados com o trabalho. Não falte o direito à aposentadoria, e sublinho: o direito — a aposentadoria é um direito! — porque disto é que se trata.”
Convocamos os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual Reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados.
Na celebração do Ano Mariano Nacional, confiamos o povo brasileiro à intercessão de Nossa Senhora Aparecida. Deus nos abençoe!
Brasília, 23 de março de 2017.
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

domingo, 12 de março de 2017

8 motivos para os trabalhadores entrarem em cena no 15/03

A paralisação nacional do dia 15 de março está marcada para ser um grande dia de combate aos ataques do governo Temer e dos patrões aos trabalhadores, como as reformas da Previdência e Trabalhista. Damos aqui alguns motivos para que os trabalhadores sejam muito sujeitos nessa luta.







1-) Derrotar a reforma da previdência. O que já era ruim na época do fator previdenciário aprovado pelo governo FHC, e mantido nos anos do petismo através de Lula e Dilma, vai ficar pior. Temer organiza seus jantares luxuosos com os golpistas para aprovar a reforma no Congresso, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 287/2016) além de aumentar o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos, eleva o teto mínimo em 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar. A mídia tenta justificar a reforma como necessária diante um suposto “rombo da previdência”. Um mito criado para que o governo permaneça pagando mais de 1 trilhão do orçamento nos serviços da divida pública, favorecendo empresários e banqueiros, totalizando 47,4% do orçamento federal, enquanto a previdência, saúde e educação, juntos somados não chegam a 26%.
2) Impedir que a terceirização avance mais ainda. Em 2015 durante ainda o governo Dilma foi aprovado na Câmara o projeto de Lei do Deputado Sandro Mabel (PMDB/GO) que prevê a regulamentação da terceirização também para as chamadas atividades fins, aumentando a exploração dos trabalhadores e consequentemente os lucros dos empresários. O projeto passará ainda esse ano para ser aprovado pelo Senado Federal, mas os golpistas ainda não contentes com isso, aproveitam do “legado de terceirização que o PT deixou nos seus mandatos”, e querem na Câmara agora no mês de março votar um novo projeto de lei que retira da empresa contratante qualquer responsabilidade e não tenha nenhuma exigência de fiscalização no regime de trabalho. Essas medidas rebaixarão ainda mais os direitos de todos os trabalhadores, e por isso devemos sair as ruas e parar pelo fim da terceirização e que todos os trabalhadores sob esse regime de exploração sejam efetivados sem necessidade de prestar concurso, no caso dos serviços públicos.
3) Contra o Desemprego que já atinge milhares de trabalhadores. Nem os economistas da mídia burguesa conseguem camuflar mais os índices de desemprego que aumentam a cada dia no mercado de trabalho. No último trimestre de 2016 chegou a 22,2%, 1,1% a mais em comparação ao trimestre anterior, alcançando mais de 24,3 milhões de trabalhadores brasileiros, em escala ampliada, ou seja, levando em conta os trabalhadores informais, aqueles que dependem de algum “bico” para sobreviver. A verdadeira realidade da classe trabalhadora brasileira. O nordeste é a região mais afetada, assim como o setor da indústria, onde os cargos rotativos, o lay off, PDVs e demissões já há tempos são uma realidade para os trabalhadores desse setor.
4) Em defesa do direito de greve. Se durante os anos de governo do PT os servidores públicos já tinham o seu direito a greve ameaçados, o texto complementar do golpista Temer a proposta do Senador Aloysio Nunes (PSDB/SP) na prática impõe o fim do direito de greve aos trabalhadores do funcionalismo. A emenda define 19 categorias de serviços essenciais, como saúde, educação e transportes, que devem obedecer 80% do funcionamento do serviço em período de greve. Essa medida conjunta de Nunes e Temer tem como objetivo determinar quantos e quais setores “podem” fazer greve para que assim seja mais fácil para o governo implementar seus pacotes de ajustes, impedindo que exemplos de resistência como foram os trabalhadores da CEDAE no RJ e dos servidores em Florianópolis se alastrem por todo o país.
5) Unificar com os trabalhadores da educação que saíram em greve nacional no dia 15/03. No seu último congresso realizado em fevereiro a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) determinou o indicativo para iniciar em 15/03 uma greve nacional contra a reforma da previdência e o cumprimento integral da Lei do Piso Nacional do Magistério. Vale lembrar que a votação da PEC 55 na Câmara ira congelar por décadas os salários dos servidores e retirar bilhões de investimento em vários setores, principalmente na educação.
6) Paulinho e a “Farsa Sindical” querem entregar e negociar nossos direitos com os golpistas. A Força Sindical é uma das centrais que está convocando o dia 15/03 de mobilização e paralisação nacional, porém na prática o que esses burocratas que vivem de privilégios há anos nos sindicatos querem é ajudar Paulinho a negociar e fatiar nossos direitos com Temer. A Força Sindical possui aproximadamente 10% dos sindicatos filiados e em nenhum dos seus materiais e panfletos nesses sindicatos chamam a paralisação ou ao menos citam que nesse dia haverá alguma ação para derrotar a reforma da previdência. Pelo contrário, paralelamente a isso, o Deputado Paulinho da Força (Solidariedade/SP) compactua com a reforma da previdência e recentemente protocolou na Câmara um projeto de emenda a PEC 287/2016, com o objetivo de fatiar e negociar a reforma com o governo. A Força Sindical foi uma das centrais que deram sustentação ao golpe institucional e não podemos deixar nas suas mãos o destino de nossas lutas.
7) CUT e CTB estão mais preocupadas em eleger Lula em 2018 do que derrotar os ataques contra nós trabalhadores. CUT e CTB são as principais convocantes do dia 15/03. Em alguns locais como no Metro de SP e nos Correios, os dirigentes dessas centrais fazem discursos inflamados, defendendo a paralisação e criando um teatro como se os trabalhadores não estivessem “convencidos” em parar. Mas na realidade o que predomina é a desconfiança. De centrais que durante anos de governo petista atuaram a favor de um projeto de conciliação de classes, que freiaram a luta dos trabalhadores em várias categorias, e utilizam o movimento sindical como um palanque para os seus interesses. CUT e CTB não moveram nenhuma ação para derrotar o golpe institucional, semanas após o impeachment já negociavam e acordavam com os golpistas novas medidas. O PC do B a frente da CTB chegou a apoiar a candidatura de Rodrigo Maia (DEM) na Câmara, ação cogitada pelo próprio PT também até os 45 do segundo tempo. Para esse dia 15/03 nada disso mudou, CUT e CTB estão articulando por baixo a estratégia de pressão parlamentar petista apoiar a candidatura de Lula para 2018. Por isso, não querem que o dia 15 se transforme de fato em ações decisivas dos trabalhadores com greves, paralisações e cortes de rua para derrotar os ataques, mas sim em realizar grandes atos de comício para Lula, não a toa nas fábricas e nos principais sindicatos que atuem, assim como a Força Sindical não realizam assembleias e nem chamam em seus materiais a paralisação.
8) Construir uma alternativa pela base e independente contra os patrões e a burocracia sindical, para que os trabalhadores possam vencer. Muitos trabalhadores sentem e ficam indignados com os ataques do governo Temer, sentem cada vez mais forte a necessidade de lutar e se mobilizar, mas ainda existem uma grande desconfiança em relação a burocracia sindical pois sabem que esses chamados há tempos não são sérios para convocar mobilizações que possam derrotar o governo. A esquerda, os parlamentares do PSOL, Boulos e o MTST, assim como CSP-Conlutas no movimento sindical, ao não desmascararem esses setores e fazer uma grande exigência de um plano de luta, chamando essas centrais a organizarem paralisações de fato na base, chamando assembleias de base, comitês de fábrica e populares, para organizar a luta, acabam não se delimitando da burocracia sindical e não se apresentam como uma verdadeira alternativa para uma grande massa de trabalhadores. Por isso, nós do Movimento Nossa Classe batalharemos com todas as nossas forças nos locais onde atuamos para que o dia 15 de fato possa ser uma grande demonstração de força da classe trabalhara, com paralisações efetivas e sabemos que para isso precisamos nos organizar contra os patrões, mas também contra a burocracia sindical.

sábado, 11 de março de 2017

Reforma Trabalhista: O patrão dita quando você trabalha e quando ele te paga, propõe Maia

O relator da reforma, Rogério Marinho (PSDB-RN), confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que há espaço para que a Câmara costure uma mudança mais profunda na legislação trabalhista, de modo a tirar ainda mais direitos dos trabalhadores, ou como dizem Temer e os demais idealizadores desse ataque: mudança para “modernizar” as relações de trabalho.
Tentam ganhar os trabalhadores para o lado da reforma dizendo que o objetivo dela é a criação de empregos, quando na realidade trata-se de fazer com que o desemprego gerado pelos patrões seja corrigido com empregos ultra-precarizados, instáveis, terceirizados, com remuneração ainda mais baixa. Isso porque os patrões não querem perder seus lucros e privilégios, preferem ver milhões sem ter salário para alimentar a sua família.
Quando antes um dos pontos principais da reforma era a possibilidade do patrão contratar funcionários negociando com ele os direitos que ele está disposto a abrir mão para ter o emprego, um salário, agora Marinho pretende incluir no projeto o que eles chamam de “contrato intermitente de trabalho”. No contrato intermitente, a empresa admite o funcionário e o aciona apenas quando necessário. Ou seja, a ideia é que o patrão decida quando iremos trabalhar, desse modo, quando nós receberemos o pagamento. É um escândalo!
Para Marinho e Rodrigo Maia, este que disse recentemente que a Justiça do Trabalho nem deveria existir, dando a entender que os trabalhadores é que são um problema para o patrão e seus lucros (quando na realidade é o contrário) essa mudança pode ainda "ser o início do processo de desatravancar" a Justiça do Trabalho, reduzir esse ‘entulhamento’ na primeira instância da Justiça". Dizem isso sabem que os trabalhadores passarão a estar desamparados pela Justiça do Trabalho – que nunca teve uma tendência a pender para o lado do trabalhador, ao contrário do que dizem os golpistas – ou seja, os trabalhadores não terão direitos para reivindicar na Justiça! Restará o livre direito do patrão explorar o trabalhador da forma e intensidade que ele quiser.
Não podemos deixar que os golpistas e os patrões ditem sobre nossos direitos conquistados ao longo de muito suor e luta por condições dignas de trabalho e salário. Além dessa Reforma da Trabalhista, querem que os trabalhadores literalmente morram trabalhando, sem ter direito real a aposentadoria, com a proposta de Reforma da Previdência. No dia 15 de março haverá uma importante mobilização nacional contra esses ataques dos golpistas, e a CUT e a CTB, que só alimentam um sentimento de desmoralização nos trabalhadores e com isso propõem uma trégua a esses ataques, devem urgentemente construir essa luta através de assembleias nos locais de trabalho, para que a base de trabalhadores tome nas mãos essa luta, pois só assim é possível vencer esse governo ajustador e anti-trabalhador.

quinta-feira, 2 de março de 2017

O prenúncio do ocaso no carnaval do Fora Temer

Se Temer e os senhores a quem serve entendem um pouco do Brasil, de seu povo e de sua cultura, devem ter capado o sentido e a gravidade dos gritos de “Fora Temer” que ecoaram em vários pontos do País, nos blocos e eventos carnavalescos de rua. Eles invadiram até mesmo as transmissões de emissoras, como a TV Globo, que tentou ignorá-los mas foi convencida, pela repetência dos fatos, a registrá-los.  O “fora Temer” no carnaval não contou com organizadores nem apoiadores. Foi expontaneísmo de massas em estado puro e líquido, um grito do “consciente coletivo” contra o governo golpista e o desmanche do país, um prenúncio do ocaso que se avizinha.  Por coincidência, nesta quarta-feira de cinzas, com as marcas da festa ainda visíveis nas ruas, Marcelo Odebrecht falará ao  ministro Hermann Benjamim, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, sobre a participação da empreiteira de sua família no financiamento da campanha de 2014, inclusive do pedido de ajuda que lhe fez o próprio Temer, e da forma como o atendeu. Talvez explique porque uma parte da grana chegou ao escritório do amigo-irmão do presidente, José Yunes, pelas mãos do operador Lucio Funaro. Mas ainda que não seja pela via do TSE, parece cada vez mais improvável a sobrevivência de um governo que consegue representar tantas faces do descalabro: ilegitimidade, ruína econômica, entreguismo, involução social e exuberância da corrupção, afora outros males.    
Diferentemente das manifestações do ano passado pró-impeachment ou contra o golpe,  o “fora Temer” no carnaval não foi previamente combinado pelas redes sociais, não foi convocado por partidos ou grupos organizados, não teve o apoio da Fiesp ou da CUT, não exigiu a produção de cartazes e carros de som.  Os antropólogos culturais costumam dizer que no carnaval as fantasias e desejos se libertam dos controles censórios para irromper em cena.  Com o “fora Temer” deu-se o mesmo processo. O que irrompeu não foi uma fantasia mas o mal estar reprimido com a situação criada pelo golpe e a ânsia por uma saída política mais imediata. Quem pede “fora Temer” não quer esperar 2018.
O parentesco mais próximo  que o grito deste carnaval pode ter é com as “jornadas de junho” de 2013, que reuniram indignados com a corrupção e decepcionados com a política de esquerda ou de direita, ricos ou pobres, reacionários e progressistas, oportunistas de ocasião ou inocentes sinceramente interessadas em “passar o país a limpo”. Mas como em política não há gesto inútil, aqueles protestos foram capturados e direcionados pelas forças que já pensavam no golpe.  Minada a popularidade de Dilma, o resto foi vindo. Agora, massas que se reuniram apenas para brincar o carnaval entoaram um Fora Temer a plenos pulmões. No Rio, houve até um “Lula lá” de madrugada, no bloco “minha luz é de led”. Mas desprezemos esta preferência, bem como as declarações de artistas e notáveis, para ficarmos só com a força expontaneísta do Fora Temer.
Agora vem a quaresma do governo Temer, um tempo de grandes tribulações.  No âmbito do processo do TSE, além de Marcelo Odebrecht, o relator ouvirá depoimentos de outros delatores da Odebrecht: amanhã os de Benedito Barbosa da Silva Júnior e Fernando Reis, no Rio, e na segunda-feira os Cláudio Melo Filho e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, em Brasília.  Benjamim está pisando no acelerador. A defesa de Temer fará uso de todos os recursos protelatórios, como pedidos de auditoria e de novas audiências. Chegando ao plenário, o processo estará sob a regência do ministro Gilmar Mendes, presidente do tribunal e aliado indisfarçado do presidente. Gilmar pode muito mas não pode tudo. Outras demonstrações de que o governo não tem condições morais de se sustentar estarão se acumulando nos próximos dias, com a divulgação de uma parte das delações da Odebrecht. Elas devem atingir ministros, colaboradores e parlamentares da base do governo. Ainda que os delatores façam revelações cabeludas sobre Temer, relacionadas com fatos ocorridos antes de sua posse, ele não poderá ser processado por elas. O presidente, diz a Constituição, não pode ser processado e julgado por atos estranhos ao exercício do cargo.  Isso não impede, entretanto, que um governanete açoitado por denúncias graves perca as condições morais e politicas de se manter no cargo. Se Temer chegar a este ponto, alguma saída terá que ser produzida pelas elites, ainda que seja no TSE, apesar de Gilmar.
Para Lula, cuja candidatura já leva jornais como O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo a clamarem por sua interdição judicial, seria até melhor esperar pela saída natural, as eleições de 2018.  Quando mais Temer ficar no Planalto, mais desmoralizado estará seu governo no final. Lula seria beneficiário de um “quanto pior, melhor”, mas o país estaria mais destruído, dificultando e retardando a recuperação.  Também por isso o início do ocaso do governo é um bom sinal, e sua derrocada será uma redenção.  

quarta-feira, 1 de março de 2017

Intelectuais lançam manifesto pela candidatura de Lula em 2018


Documento estará disponível para adesão geral a partir de segunda-feira (6). Já assinaram o manifesto Leonardo Boff, Chico Buarque, Marieta Severo, entre outros
 01/03/2017 10h19

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Numa iniciativa que responde à escolha que milhões de brasileiros manifestam com clareza sempre que lhe perguntam quem deve governar o país, o lançamento da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República começa a tomar forma e conteúdo.
A partir de segunda-feira (6), todo cidadão brasileiro será convidado a colocar seu nome, através de uma plataforma aberta na internet, a um abaixo assinado que solicita a Lula considerar “a possibilidade de, desde já, lançar sua candidatura a Presidência da República como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam.”
“O Brasil precisa de Lula,” diz o documento, lembrando que ele assegurou ” significado substantivo e autêntico à democracia brasileira. Descobrimos, então, que não há democracia na fome, na ausência de participação política efetiva, sem educação e saúde de qualidade, sem habitação digna, enfim, sem inclusão social.” (Leia a íntegra do documento abaixo).
Na fase inicial, o abaixo assinado já recebeu a adesão inicial de cinco centenas de cidadãos engajados na luta pela democracia, intelectuais e lideranças da sociedade civil. Leonardo Boff é a assinatura número 1, o jornalista e escritor Fernando de Morais comparece com a número 2, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão é a número 6, Chico Buarque é a 9. O líder do MST, João Pedro Stédile é a número 10 e o jurista Fábio Konder Comparato a 11.
O documento, que deve ser anunciado e debatido em eventos com a presença do próprio Lula marcados que para as próximas semanas, é uma iniciativa de intelectuais e personalidades reconhecidos por seu engajamento na luta pela democracia, a começar por Leonardo Boff. Também participaram o jornalista Eric Nepomuceno, dois juristas da PUC do Rio de Janeiro, Gisele Cittadino e João Ricardo Dornelles, e também Carol Proner, da UFRJ.
Leia o documento abaixo: 
“CARTA DAS(OS) BRASILEIRAS(OS)
Por que Lula?
É o compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse País, que nos faz, através desse documento, solicitar ao ex-Presidente Luiz Inácio LULA da Silva que considere a possibilidade de, desde já, lançar a sua candidatura à Presidência da República no próximo ano, como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam.
Foi um trabalhador, filho da pobreza nordestina, que assumiu, alguns anos atrás, a Presidência da República e deu significado substantivo e autêntico à democracia brasileira. Descobrimos, então, que não há democracia na fome, na ausência de participação política efetiva, sem educação e saúde de qualidade, sem habitação digna, enfim, sem inclusão social. Aprendemos que não é democrática a sociedade que separa seus cidadãos em diferentes categorias.
Por que Lula? Porque ainda é preciso incluir muita gente e reincluir aqueles que foram banidos outra vez; porque é fundamental para o futuro do Brasil assegurar a soberania sobre o pré-sal, suas terras, sua água, suas riquezas; porque o País deve voltar a ter um papel ativo no cenário internacional; porque é importante distribuir com todos os brasileiros aquilo que os brasileiros produzem. O Brasil precisa de Lula!
1. Leonardo Boff – Teólogo e Escritor
2. Fernando de Morais – Jornalista e Escritor
3. Eric Nepomuceno – Escritor
4. Leonardo Isaac Yarochewsky – Advogado e Doutor pela UFMG
5. Gisele Cittadino – Professora do Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC-Rio
6. Eugenio Aragão – ex-Ministro da Justiça, Professor da Faculdade de Direito da UnB e Advogado
7. João Ricardo Wanderley Dornelles – Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC-Rio; ex-Membro da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro
8. Carol Proner – Professora da Faculdade Nacional de Direito – UFRJ
9. Chico Buarque – Músico
10. João Pedro Stédile – Ativista Social, do MST e da Via Campesina
11. Fábio Konder Comparato – Escritor, Advogado, Jurista, Professor Emérito da USP
12. Beatriz Vargas Ramos – Professora da Faculdade de Direito da UnB
13. Luiz Fernando Lobo – Artista
14. Marcelo Neves – Professor de Direito Constitucional da UnB
15. Francisco Celso Calmon Ferreira da Silva – Advogado, Administrador e analista de TI
16. Regina Zappa – Escritora e Jornalista
17. Emir Sader – Cientista Político
18. Marieta Severo – Atriz
19. Aderbal Freire Filho – Diretor de Teatro, TV
20. Beth Carvalho – Cantora
21. Martinho da Vila – Compositor e Cantor
22. Bete Mendes – Atriz
23. Sergio Mamberti – Ator
24. Amir Haddad – Diretor de Teatro
25. Tássia Camargo – Atriz
26. Bemvindo Sequeira – Ator, Rio de Janeiro
27. Doia Sequeira – Produtora Cultural, Rio de Janeiro
28. Dira Paes – Atriz
29. Osmar Prado – Ator
30. Márcia Miranda Boff – Educadora Popular; Consultora do CDDH de Petrópolis
31. Chico Diaz – Ator
32. Silvia Buarque – Atriz
33. Inez Viana – Atriz e Diretora de Teatro
34. Tuca Moraes – Atriz e Produtora Cultural
35. Sergio Ricardo – Compositor
36. Tomaz Miranda – Músico, Rio de Janeiro
37. Cristina Pereira – Atriz
38. Denise Assis – Jornalista
39. Ennio Candotti – Fisico, ex-Presidente da SBPC
40. Otávio Velho – Antropólogo, Presidente de Honra da SBPC
41. Ricardo Franco Pinto – Advogado junto ao Tribunal Penal Internacional; Doutor em Sociologia
42. Mirna Portella – Escritora, Rio de Janeiro
43. Graça Lago – Jornalista
44. André Diniz – Compositor e Sambista da Vila Isabel
45. Roberto A. R. de Aguiar – Professor e ex-Reitor da UnB
46. Ladislau Dowbor – Professor, PUC-SP
47. Marta Skinner – Economista; professora aposentada da FCE/UERJ
48. Flávio Alves Martins – Diretor da Faculdade Nacional de Direito/UFRJ
49. Paulo Moreira Leite – Jornalista e Escritor.
50. Malu Valle – Atriz
51. Luciana Paolozzi – Diretora de TV
52. Eliane Costa – Produtora Cultural
53. Veríssimo Júnior – Diretor de Teatro
54. José Carlos Moreira da Silva Filho – Professor da Escola de Direito da PUCRS / Ex-Vice-Presidente da Comissão de Anistia
55. Magda Biavaschi – Desembargadora aposentada do TRT 4, pesquisadora CESIT/IE/UNICAMP
56. Caique Botkay – Compositor e Gestor Cultural
57. Ivan Sugahara – Diretor de Teatro
58. Ivan Consenza de Souza – Programador Visual
59. Monica Biel – Atriz
60. Moacir Chaves – Diretor de Teatro
61. Marta Moreira Lima – Atriz e Cantora
62. Patrícia Melo – Produtora Cultural
63. Gabriela Carneiro da Cunha – Atriz
64. Ângela Rebello – Atriz
65. Jitman Vibranovski – Ator
66. Carlos Alberto Mattos – Crítico de Cinema
67. Eryk Rocha – Cineasta
68. Flora Sussekind – Ensaísta
69. Marcus Caffé – Cantor e Compositor
70. Vinicius Reis- Cineasta
71. Janaína Diniz – Atriz
72. Ricardo Resende – Professor Universitário e Padre
73. Rioco Kayano – Artista plástico
74. Otávio Bezerra – Cineasta
75. Wilson Ramos Filho – Doutor, Professor da UFPR, Presidente do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora – DECLATRA
76. João das Neves – Diretor teatral.
77. Jair Antonio Alves – Artista de Teatro, fundador da Cooperativa Paulista de Teatro e Dramaturgo.
78. Maria Luiza Franco Busse – Jornalista e Doutora em Semiologia
79. Giovana Hallack Dacordo (Jô Hallack) – Escritora e Jornalista
80. Antonina Jorge Lemos (Nina Lemos) – Escritora e Jornalista
81. Juliana Neuenschwander Magalhães – professora da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ
82. Cristina Chacel – Jornalista
83. Sonia Montenegro – Analista de Sistema, RJ
84. Ricardo Kruschewsky – Publicitário, Bahia
85. Ariadne Jacques – Jornalista; Professora universitária da FACHA/Rio
86. Maria Luiza Quaresma Tonelli – Professora e Advogada
87. Jefferson Martins de Oliveira, advogado sindical.
88. Manoel Moraes – Cientista político e Professor universitário, Pernambuco
89. Anivaldo Padilha – Ativista Social
90. Cláudio Gravina – Sociólogo e Empresário.
91. Lívia Sampaio – Economista – UFBA
92. Gustavo Ferreira Santos, Professor da UNICAP e da UFPE
93. Stella Bruna Santo – Advogada
94. Petra Oliveira Duarte – Professora UFPE.
95. Daniel Torres de Cerqueira, Brasília
96. Márcio Tenenbaum – Advogado
97. Jean-François Deluchey – Professor da UFPA
98. Bárbara Dias, Professora da UFPA
99. Marcos Rocha – Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana; Professor de Direitos Humanos
100. Marcio Augusto Paixão – Advogado
101. Bárbara Proner Ramos – Estudante Secundarista, membro da AMES
102. Francisco Proner Ramos – Fotógrafo, Estudante Secundarista
103. Lina Moschkovich – Estudante Secundarista, militante na AMES
104. Lucas Fernandes Mattos Machado – Movimento Estudantil da União da Juventude Socialista
105. Raisa Carvalho Nobre Saraiva – Designer, ex-aluna do Senac-Rio de Janeiro
106. Gabriel Olinto – Estudante de História na UFRJ
107. Maria Eduarda Magalhães Feijó de Moura – Ocupante do Colégio Pedro II / Campus Tijuca II, Rio de Janeiro
108. Vanda Davi Fernandes de Oliveira – Advogada e Professora Universitária.
109. Tarso Cabral Violin – Advogado, escritor e professor de Direito Administrativo
110. Gisele Ricobom – Professora de Direito da UNILA
111. Alexandre Hermes Dias de Andrade Santos, Advogado, Salvador, Bahia
112. Ricardo Henrique Salles – Professor da Escola de História da UniRio.
113. Nasser Ahmad Allan – Doutor em Direito pela UFPR; Advogado em Curitiba, PR
114. Nuredin Ahmad Allan – Advogado trabalhista, Curitiba, PR
115. Maria Luiza Flores da Cunha Bierrenbach – Advogada
116. D. Demétrio Valentini – Bispo Emérito de Jales, São Paulo
117. Maria Andrade – Pedagoga e educadora infantil.
118. Juliana Teixeira Esteves – Professora FDR/UFPE.
119. Otavio Alexandre Freire da Silva – Advogado, Salvador, Bahia
120. Martha Vianna, Ceramista
121. Marília Montenegro – UNICAP /UFPE
122. Tiago Resende Botelho – Professor da Faculdade de Direito e Relações Internacionais da UFGD & Advogado 14.236 OAB/MS
123. Gustavo de Faria Moreira Teixeira – advogado e Professor de Direito Constitucional e de Direito Internacional – Universidade de Cuiabá
124. Raimundo Bonfim – Advogado e Coordenador Geral da Central de Movimentos Populares e integrante da Coordenação Nacional da Frente Brasil Popular.
125. Victoria Amália Sulocki – Advogada e Professora da PUC-Rio
126. Marília Kairuz Baracat – Advogada; Mestre em Direito
127. Marília Alves – Mestranda do PPGD/UFRJ, na linha de Sociedade, Direitos Humanos e Arte.
128. Cleide Martins Silva – Pedagoga, Servidora pública aposentada
129. Meire Cavalcante – Jornalista e Mestra e doutoranda em educação
130. Eduardo Guimarães – Editor do Blog da Cidadania
131. Fábio Carvalho Leite – Professor do programa de pós graduação em Direito da PUC –Rio
132. Aparecido Araujo Lima – Jornalista, Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé
133. Mariah Brochado – Professora da Faculdade de Direito da UFMG
134. Ana Kfouri – Atriz e Diretora de Teatro
135. Maíra Santafé – Poeta e Cantora
136. Bruno Falci – Historiador
137. Ernani Moraes – Ator
138. Henrique Juliano – Ator
139. Danielle Martins de Farias – Atriz
140. André Câmara – Diretor de TV
141. Lúcio Tavares – Assistente de Direção
142. Cesar Cavalcanti – Produtor de Cinema
143. Isabel Cecilia de Oliveira Bezerra – Advogada da União, Mestre em Direito, Professora.
144. Sandra Helena de Souza – Professora Universitária
145. Amanda Ramires Guedes – Historiadora em MS e mestre em Desenvolvimento Local UCDB
146. Cynara Monteiro Mariano – Professora adjunta da Universidade Federal do Ceará
147. Francisco de Albuquerque Nogueira Júnior – Advogado
148. Mércia Cardoso de Souza – Doutora em Direito, Professora e pesquisadora.
149. Rômulo de Andrade Moreira – Professor de Direito Processual Penal da Faculdade de Direito da Universidade Salvador – UNIFACS
150. Bruno Rodrigues – Ator
151. Tereza Briggs Novaes – Ativista Cultural
152. Gilberto Miranda – Ator
153. Bruno Peixoto – Ator
154. João Rafael Alves – Ator
155. Geovane Barone – Ator
156. Nady Oliveira – Atriz
157. Luiza Moraes – Atriz
158. Amora Pera – Atriz e Cantora
159. Pedro Rocha – Poeta e Ator
160. Flávio Helder – Produtor Cultural e Captador
161. Flávia Moura Caldas – Comerciária
162. Luiz Bandeira de Mello Laterza – Engenheiro e Empresário
163. Ipojucan Demétrius Vecchi – Advogado; Professor UPF, RS
164. Angela Leite Lopes – Tradutora e Professora da UFRJ
165. Maria Cristina Vidotte Blanco Tarrega – Professora da Universidade Federal de Goiás
166. Adriana Vidotte – Professora Universidade Federal de Goiás
167. Sergio Graziano – Advogado e Professor da Universidade de Caxias do Sul, RS.
168. Valdez Adriani Farias – Procurador Federal.
169. Josué Raizer – Professor da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD
170. Cecília Caballero Lois – Professora da Faculdade Nacional de Direito
171. Gustavo Fontana Pedrollo – Procurador Federal, Diretor Presidente da Associação Advogadas e Advogados para a Democracia.
172. Anelise do Socorro de Almeida Pantoja – Administradora
173. Luiz Leopoldo Teixeira de Sousa – Artesão.
174. Billy Anderson Pinheiro – Doutor Engenharia Elétrica
175. Gustavo Just – Professor da Faculdade de Direito da UFPE
176. Zora Motta – Arquiteta
177. Maria Luiza Alencar Mayer Feitosa – Professora titular da UFPB
178. Clívia Maria Almeida Leal – Gestora em Recursos Humanos/Artesã.
179. Fabiane Lopes de Oliveira – Pedagoga; Professora de educação da PUCPR
180. Angelo Cavalcante – Economista e Professor da Universidade Estadual de Goiás, Campus Itumbiara.
181. Bruno Soeiro Vieira – Doutor em Direito; Professor da Universidade da Amazônia – Unama
182. Manfredo Araújo de Oliveira – Professor Titular de Filosofia da Universidade Federal do Ceará.
183. Ângela Rodrigues Uchôa – Médica.
184. Inocêncio Uchôa – Juiz aposentado e Advogado.
185. Marcelo Uchôa – Doutor em Direito, Professor Universitário e Advogado.
186. Adolpho Henrique Almeida Loyola – Assessor da Superintendência de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia
187. Zaneir Gonçalves Teixeira – Mestre e Doutoranda em Direito (UFC), Advogada e Professora Universitária, Ceará
188. Daniela de Saboya Perina – Advogada, Ceará
189. Emanuel Andrade Linhares – Professor Universitário – Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Ceará
190. Ligia Maria Silva Melo de Casimiro – Professora e Consultora Jurídica, Ceará
191. Jânio Pereira da Cunha – Professor universitário de Direito, Ceará
192. Rogério Dultra dos Santos – Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense
193. Ana Paula Magalhães – Advogada.
194. Ney Strozake – Advogado . Doutor em Direito; Coordenador-Geral da Frente Brasil de Juristas pela Democracia
195. Maria Goretti Nagime – Advogada
196. Tainá Caldas Novellino – Professora Univesrsitária
197. Eduardo Vianna – Professor da City University of New York.
198. Mario Mieli – Editor do site Imediata.org
199. Ralfo José Barreto Furtado – cartunista, jornalista, advogado (ralfofurtado.blogspot.com)
200. Geyson Gonçalves – Doutor em Direito, Advogado e Professor.
201. Nívea Santos Carneiro – Advogada, Professora e Sindicalista.
202. João Paulo Allain Teixeira – Professor da Universidade Católica de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco.
203. Martonio Mont’Alverne Barreto – Prof. Titular da Universidade de Fortaleza
204. Renata Costa-Moura – Psicóloga e Professora universitária
205. Celso Henrique Diniz Valente de Figueiredo – Professor UERJ
206. Fabiano Guilherme Santos – Doutor em Ciência Política, Professor da UERJ.
207. Francisco Morales Cano – Professor
208. Marcelo Cattoni – Professor da Faculdade de Direito da UFMG.
209. Anderson Bezerra Lopes – Advogado
210. Titane – Cantora.
211. Nilsa Ramos – Assistente Social
212. Maiquel Angelo Dezordi Wermuth – Doutor em Direito e Professor de Direito na UNIJUI e UNISINOS
213. Itacir Todero – Conselheiro Substituto e Ouvidor do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
214. Marizete Peretti – Advogada
215. Deodato J. Ramalho Júnior – Advogado, OAB/CE 3.645
216. Celso Mansueto Miranda de Oliveira Vaz – Professor, Engenheiro
217. Claudio Carvalho. Advogado – Professor de Direito da UESB – Bahia.
218. Milton Kanashiro – Engenheiro Florestal
219. Georgia Bello Corrêa – Advogada
220. Maria Náustria de Albuquerque – Historiadora
221. Assunta Maria Fiel Cabral – Assistente Social. Professora; Mestra em Educação Brasileira.
222. Yolanda Nogueira – Produtora cultural/ Bahia
223. Hugo Sérgio Silva / Contador – Ucsal/ BA Jussara Lima – Administradora de empresas / Ufba – BA
224. Marcelo de Santa Cruz Oliveira – OAB/PE, Advogado da Rede dos Advogados Populares RENAP e Militantes dos Direitos Humanos
225. Thaisa Maira Rodrigues Held – Professora do curso de Direito da UFMT, Campus Araguaia.
226. Ricardo Kruschewsky – Publicitário – Salvador/Ba
227. Maria Helena Barata – Doutora em Antropologia Social.
228. Aloma Tereza Pinho de Vasconcelos Chaves – Professora IFPA
229. Tatiana Deane de Abreu Sá – Engenheira agrônoma pesquisadora da EMBRAPA
230. Deolinda de Almeida Pantoja – Dona de casa
231. Juraci Dias Pantoja – Aposentado.
232. José Maria Lopes Oeiras – Educador Popular.
233. Maria Ferreira Gomes – Pedagoga.
234. Sandra Lúcia Barbosa – Servidora aposentada do Judiciário Federal.
235. Itacir Todero – Conselheiro Substituto e Ouvidor do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
236. Marizete Peretti – Advogada
237. Santa Margarete de Oliveira – Assistente Social
238. José Francisco Lopes Xarão – Professor da Universidade Federal de Alfenas.
239. José Nunes Filho – Analista de Sistemas, Rio de Janeiro
240. Ana de Miranda Batista – Sanitarista RJ, Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça
241. Ana Vilarino – Representante Comercial, Viana, ES
242. Fabiana Agra – Jornalista e advogada . Picuí Paraíba
243. Iracema Martins Pompermayer – Servidora Pública do Poder Judiciario Federal, Vitória-ES
244. Antônio Carlos Lima Rios – Economista
245. Faní Quitéria Nascimento Rehem – Professora UEFS
246. Victor Tinoco – Doutorando em Geografia da PUC-Rio.
247. Luiz Tarcisio Ferreira – Mestre em Direito, Professor de Direito da PUC/SP
248. Claudio Carvalho – Advogado. Professor de Direito da UESB – Bahia.
249. Rivadavio Guassú – Advogado, São Paulo
250. Fabiana Marques dos Reis Gonzalez – Advogada, Rio de Janeiro
251. Marilia Guimaraes – Professora.
252. Prudente José Silveira Mello – Doutor, Professor da Faculdade Cesusc e Advogado.
253. Antonio Escosteguy Castro – Advogado,RS
254. Cadmo Bastos Melo Junior – Advogado e militante dos Direitos Humanos e Movimentos Sociais, de Belém, Pará.
255. Carolina Valença Ferraz – Advogada militante dos Direitos Humanos, professora, Co-Coordenadora do Grupo Frida, Recife/PE
256. Silvia Marina R. M. Mourão – Advogada/ PA
257. Marcelo dos Anjos Mascarenhas – Procurador do Município de Teresina
258. Lucas Mendonça Rios, Advogado – membro da CDH OAB/SE
259. Denise Filippetto – Advogada trabalhista e Coordenadora do eixo Direto do Trabalho do Instituto Democracia Popular
260. Lúcia Helena Villar – Advogada
261. Tâmara Lúcia da Silva – Advogada trabalhista, Caruaru/PE
262. Julia Moreira Schwantes Zavarize – Advogada trabalhista/SC
263. Jader Kahwage David – Vice Presidente da OAB/PA
264. Virgínia Augusto de Oliveira – Advogada/DF
265. Alexandre Zamprogno – Advogado OAB/ES 7.364
266. André Barreto – Advogado e membro da RENAP, Recife/PE
267. Lucas Mendonça Rios – Advogado, membro da CDH OAB/SE
268. Vera Lúcia Santana Araújo – OAB-DF 5204
269. Cândido Antônio de Souza Filho – Advogado trabalhista e sindical; Diretor do Sindicato dos Advogados de Minas Gerais.
270. Julio Francisco Caetano Ramos – Advogado e Professor
271. José Ernani de Almeida – Professor de História
272. Carmen Lúcia Diniz dos Santos – Oficial de Justiça Federal – Rio de Janeiro – RJ
273. Sonia Montenegro – Analista de Sistemas, Rio de Janeiro, RJ
274. Danilo Conforti Tarpani – Servidor Público Federal- Justiça do Trabalho
275. Nacibe Huarde Ribeiro Cade – Advogada e jornalista.
276. Osvaldo Bertolino – Jornalista, escritor e historiador.
277. Paulo César Carbonari – Professor de filosofia (IFIBE), militante de Direitos Humanos (CDHPF/MNDH), Passo Fundo, RS
278. Deborah da Silva Machado – Advogada e Professora de Direito, Passo Fundo, RS
279. Valdeni de Jesus Gonçalves – Funcionário Público; Machadinho, RS
280. Vander Antônio Costa – Poeta, ES.
281. Sônia Maria Alves da Costa – Advogada e Doutoranda em Direito na UnB
282. William Santos – Advogado; Vice-Presidente SINAD-MG; Presidente CDH da OAB-MG
283. Silvia Burmeister – Advogada; ex-Presidente da ABRAT
284. Jane Salvador Gisi – Advogada do DECLATRA, Curitiba, PR.
285. Mauro José Auache – Advogado do DECLATA, Curitiba, PR.
286. Mirian Gonçalves – ex-Prefeita de Curitiba e Advogada do DECLATRA, Curitiba, PR.
287. Maria Cristina P. G. Bevilaqua – Professora Secundária.
288. José Luiz Baeta – Acumputurista, Santos, SP.
289. Cláudia Maria Barbosa – Professora de Direito Constitucional PUC/PR.
290. Maria Rosa Vieira – Socióloga
291. Luiz Gonzaga dos Santos Vieira – Odontólogo
292. Tânia Beatriz Cardoso Brandão – Contadora, BA
293. Thelma Gomes – Professora Ensino Fundamental
294. Zulma Jaime – Professora do EAJA, Especialista em Alfabetização
295. Ronaldo M. N. Frazão – Professor aposentado da UFMA
296. Rosane Mioto dos Santos – Assessora de Imprensa da DPPR
297. Albertinho Luiz Galina – Professor da Universidade Federal de Santa Maria, RS
298. Rodrigo Mioto dos Santos – Mestre em Teoria e Filosofia do Direito pela UFSC; Professor da UNIVALI
299. Roberto Wöhlke – Mestre em Sociologia Política pela UFSC; Professor da UNIVALI; Advogado.
300. Ecila Moreira de Meneses – Professora de Direito, Ceará.
301. Denise Filippetto – Advogada trabalhista e Coordenadora do eixo Direito do Trabalho do Instituto Democracia Popular
302. Jefferson Valença de Abreu e Lima Sá – Advogado, Pernambuco
303. Beatriz Conde Miranda – Advogada; Professora Universitária; Doutoranda em Ciências Jurídicas pela Universidade de Lisboa.
304. Miguel F. Gouveia – PHDEE em Engenharia Eletrônica.
305. Nise Maria Freire – Professora aposentada pela Universidade Federal do Ceará.
306. Jane Salvador Gizi – Advogada e Mestre em Direito
307. Regina Cruz – Presidenta da CUT/PR
308. Fernando Pereira Lopez – Gemólogo
309. Ivete Caribe da Rocha – Advogada; Comissão Estadual da Verdade Teresa Urban
310. Cesar Augusto Pontes Ferreira – Professor de História
311. Helbert Marcos Giovani da Silva – Tesoureiro Geral da UPES
312. Guelna dos Santos Pedrozo – Contadora
313. Elisa Smaneoto – Servidora Pública da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul
314. Aline Sasahara – Documentarista.
315 – Claudia Roesler – Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília – UnB
316. João Bello – Artista Popular, Curitiba, PR
317. Wanda Coelho – Designer Industrial; Pós-graduada Propaganda e Marketing; Técnica em Paisagismo/CREA-PR
318. Denise Maria Maia – Professora de Economia
319. José Jackson Guimarães – Juiz de Direito da Justiça Estadual da Paraíba.
320. Diogo Fornelos Pereira de Lyra – Advogado, Pernambuco
321. Leila Maria Moura Lima – Servidora pública do Estado de Pernambuco.
322. Emerson Lopes Brotto – Advogado, Mestre em História pela UPF, RS.
323. Newton de Menezes Albuquerque – Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Programa de Pós-Graduação da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
324. Elisângela Alvarenga de Souza – Filósofa, ES.
325. Claudia Pavan Lamarca – Bióloga, Rio de Janeiro.
326. Danubia Costa – Mestra em Direitos Humanos e Cidadania, UnB.
327. Wattea Ferreira Rodrigues – Advogado; OAB-PB 9365
328. Safira Elza Moura Caldas – Aposentada
329. Hamilton Pereira da Silva – Poeta e escritor
330. Ana Corbisier – Socióloga
331. Lêda Casadei Iorio – Professora Aposentada, SP
332. William Mello – Professor, Mestrado Acadêmico em História, Universidade Estadual do Ceará
333. Elias Canuto Brandão – Doutor em Sociologia e professor da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR-Campus de Paranavaí-PR).
334. Luis Vinicius Aragão – advogado
335. Beto Almeida – Jornalista
336. Prof. Dr. José Carlos Aragão Silva – Professor Doutor
337. Cristiane Dias Martins da Costa – Professora Doutora
338. Cunigunde Neumann – Professora apossentada
339. Helena Meidani – Empresária.
340. Pedrinho Arcides Gguareschi – Professor e pesquisador da UFRGS
341. Janete Triches – Jornalista, Mestre em Ciência Política e Professora universitária.
342. Marilza de Melo Foucher – Doutora em economia e Jornalista, França
343 – Edgar Serra – Médico
344. Isabel Peres dos Santos – Engenheira agrônoma
345. Maria Aparecida Dellinghausen Motta – Poeta, Escritora e Coordenadora da Coleção Ciranda de Letras da Editora Autores Associados
346. Lazaro Camilo Recompensa Joseph – Professor UFSM, Dr. Ciências Econômicas
347. Jair Reck – Universidade de Brasília, UnB
348. Jefferson Valença de Abreu e Lima Sá – Advogado, Pernambuco
349. Solon Eduardo Annes Viola – Professor da Unisinos, RS
350. Leomar Menezes Duarte – Economista.
351. Janete Triches – Jornalista, Mestre em Ciência Política e Professora universitária.
352. Maria Helena Andrade Silva – Advogada, OAB SP 23199
353. Clarice Aparecida dos Santos – Doutora em educação, professora da Universidade de Brasília.
354. Luiz Carlos Susin – teólogo e filósofo – PUCRS
355. Stephan Sperling – Médico de Família e Comunidade, Tutor do Programa de Residência Médica e Preceptor de Graduação da Faculdade de Medicina da USP.
356. Maria do Rosário Caetano – Jornalista
357. Carlos Alberto Mattos – Jornalista, Crítico e Pesquisador
358. Maria Luiza Martins Alessio – Professora aposentada, UFPE
359. Ricardo Swain Alessio – Professor aposentado, UFPE
360. Luiz Alberto Gomez de Souza – Sociólogo
361. Lucia Ribeiro – Socióloga.
362. Suzana Albornoz – Escritora e Professora.
363. Rosemary Fernandes da Costa – Teóloga, PUC-Rio
364. Wanja Carvalho – Procuradora Federal aposentada
365. Claudio de Oliveira Ribeiro – Pastor Evangélico
366. Maria Filomena Mecabo – Religiosa, Socióloga, Roma
367. Dermeval Saviani – Professor Emérito da UNICAMP e Pesquisador Emérito do CNPq
368. Jorge Rubem Folena de Oliveira – Advogado, Doutor em Ciência Política, Professor de Ciência Política da UCAM, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, membro da Casa da América Latina
369. Adriana Geisler – Professora da PUC-Rio
370. André Oda – Professor de Ciências Sociais da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
371. Sirlei Daffre – Professora ICB-USP.
372. Decio Ferroni – Professor
373. José Oscar Beozz – Historiador, Teólogo, Professor, São Paulo.
374. Beatriz Costa – Agente de Educação Popular
375. Rogério Crisosto de Souza – Professor de História da Rede de Ensino do Estado São Paulo
376. Cristiane Carolino Crisosto – Arquiteta e Urbanista
377. Herlon Bezerra – Professor do Instituto Federal do Sertão Pernambucano, Diretor do Sinasefe – IF Sertão PE.
378. Pedro Dimitrov – Médico Sanitarista, Doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo.
379. Maria Fernanda Milicich Seibel – Advogada e Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos
380. Arlete Moysés Rodrigues – Geografa, Professor Livre Docente
381. Rodrigo José – Estudante Bolsista do Prouni.
382. Maurício Compiani – Professor Titular UNICAMP-SP
383. António Munarim – Professor de Educação do Campo, da UFSC
384. Telma Araújo – Professora Aposentada
385. Maria Helena Arrochellas – Teóloga, Diretora do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade/Caall
386. Hugo Lenzi – Fotógrafo e Sociólogo
387. Marilene Felinto – Escritora e tradutora, São Paulo, SP
388. Custódio Coimbra – Fotógrafo
389. Marisa T. Mamede Frischenbruder – Geógrafa consultora em Meio Ambiente
390. Hermógenes Saviani Filho – Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais (DERI) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
391. Rodrigo Matheus – Artista Circense e Teatral, Circo Mínimo, SP.
392. Maria Lecticia Ligneul Cotrim – Aposentada
393. Xico Teixeira – Jornalista e Radialista
394. Rachel Moreno – Psícóloga, militante feminista e pela democratização da mídia
395. Julian Rodrigues – Jornalista e professor, da Coordenação Nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos
396. Silvana Maria Gritti Professora da Universidade Federal do Pampa, Campus Jaguarão, RS
397. Antonia Neide Costa Santana – Professora do Curso de Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú – Sobral, CE.
398. Cecília Sodero Pousa – Educadora Popular
399. Carmen da Poian – Psicanalista, Rio de Janeiro
400. José Manoel Carvalho de Mello – Professor Universitário – Rio de Janeiro
401. Itacir Antonio Gasparin – Professor
402. Carlos Eduardo Arns – Professor Universitário
403. Lindinalva Marques da Silva – Advogada, Vitória, ES
404. Stella Maris Jimenez Gordillo – Médica psicanalista, membro do Conselho da Associação Mundial de Psicanálise
405. Idalina Barion – Religiosa da Congregação das Irmãs Carmelitas da Caridade de Vedruna, Professora aposentada, Bocaiúva, MG
406. Ir. Dalila dos Santos – Pedagoga,Terapeuta Popular, Religiosa Vedruna
407. Ir. Eloar da Silva – Missionária Vedruna na Bolívia, Nutricionista
408. Maria do Carmo de Almeida – Bibliotecária, Salvador, Bahia
409. Cristiane Carolino Crisosto – Arquiteta e Urbanista
410. Léo Mackellene – Escritor, Músico e Professor de Direito
411. Simone Passos – Socióloga e Formadora de Professores
412. Sergio Isoldi – Servidor Público aposentado da FUNDAP
413. Roberto Bueno – Professor; Pós-Doutor; Faculdade de Direito da Unb (CT)
414. Fernanda Vanzan Milani – Estudante de Direito da PUC-Rio
415. Heny Vanzan de Almeida – Servidora Pública
416. Maria Luiza Alencar Mayer Feitosa – Professora Titular, Direito, UFPB
417. Moacyr Parra Motta – Advogado; Mestre em Direito Constitucional, MG
418. Natan de Oliveira Mattos – Procurador Federal, lotado na Procuradoria Federal Especializada da FUNAI, Governador Valadares, MG
419. Vera Vital Brasil – Psicóloga Clínica
420. Giuseppe Tosi – Professor de Filosofia Política da UFPB
421. Vanessa Andrade de Barros – Professora de Psicologia, UFMG
422. João Batista Moreira Pinto – Professor de Direito, Escola Superior Dom Hélder Câmara
423. Marcia Barros Ferreira Rodrigues – Socióloga e Historiadora, Professora Titular da UFES
424. Erivan da Silva Raposo – Antropólogo e Cientista Político, Brasilia, DF”

*Do blog de Paulo Moreira Leite, no Brasil 247