Por Professor Luciano Matias
Após meu último artigo "Lula não dá mais",que não sei o motivo de tamanha repercussão, um grande amigo indagou-me sobre o que colocar no lugar depois da desconstrução feita ao símbolo Lula.
Acredito que não é chegado o tempo de discutir nomes ( esta momento brevemente chegará), mas ideias.
Com base nisso coloco aqui a plataforma em que acredito e que será a base de escolhas de nomes futuros. Eis:
- Combate a todo tipo de corrupção;
- Superação dos limites do lulismo;
- Ampla defesa da Soberania Nacional;
- Defesa do funcionalismo público;
- Capitalismo keynesiano;
- Ampliação de direitos, sobretudo de negros, mulheres e indígenas;
- Centralidade ao ambientalismo;
-Revogação da lei antiterror, oriunda do governo Dilma;
- Democratização dos meios de governar;
- Justiça social;
- Enfrentamento aos monopólios, aos latifúndios, ao rentismo e à destruição do meio ambiente;
- Luta por um país justo, soberano e igualitário;
- Prioridade na educação e saúde;
- Privatização e concessão daquilo que não é essencial e estratégico à soberania nacional( o que o Estado pode manter sem prejuízo econômico, político e social, que mantenha, sobretudo para garantir o pleno emprego, a saúde e educação para os mais pobres);
- Defesa intransigente da Amazônia;
- Imposto sobre fortunas e heranças;
- Democracia irrestrita;
-Liberdade de pensamento e expressão;
- Respeito às leis como autoridade máxima das instiuições.
- Respeito à pessoa humana como autoridade máxima da vida em sociedade.
Acredito que esta é uma boa base para o início de uma reflexão de ideias de como construir uma identidade para nosso país.
UM ESPAÇO PARA REFLEXÕES POLÍTICAS , SOCIAIS,LITERÁRIAS E SOBRE O COTIDIANO.
terça-feira, 19 de setembro de 2017
sábado, 16 de setembro de 2017
LULA NÃO DÁ MAIS...
Por Professor Luciano Matias
Não sei o porquê, mas penso muito sobre a política brasileira e um projeto de nação para este país. Chego a ficar angustiado com minhas elucubrações intelectuais. E me perdendo nelas, cheguei à conclusão, para surpresa de muitos, que é hora de uma ruptura.
Comecemos este artigo objetivamente: Lula é culpado pelos crimes a ele imputados. É muito duro para um militante, que sempre acreditou na seriedade e na honestidade de sua referência política, aceitar estes fatos. Mas o que a realidade tem demonstrado é o contrário do que a vontade dos que admiram o ex-presidente Lula acreditava ser.
Não refiro-me aqui aos feitos das políticas sociais, que para mim, tiveram efeitos positivos na redistribuição da renda, embora tenha, nesta seara, críticas quanto à eternização do assistencialismo que provavelmente não resolva o problema definitivamente. Refiro-me tão somente ao fato objetivo da corrupção.
Neste momento, acredito , com muito pesar, que não seja possível que todos estejam errados e um só esteja certo. Embora sem provas concretas, ao menos por enquanto, a palavra de um só não pode ter autoridade sobre todas as outras (isto acontece no tempo e no espaço divino, basta ver Jesus e sua palavra plena); aqueles que eram amigos até a pouco instante, não podem , como que em um passe de mágica, ter se transformado em inimigo, calculista e frio ( seria esse o devir de Heráclito?).
Maquiavel ensinou aos administradores que as coisas boas deviam ser realizadas de gota em gota e as coisas ruins devia ser em uma dosagem única para que os súditos esquecessem rapidamente. Lula, foi além, ofereceu coisas boas para que as ruins fossem ocultadas.
É por demais triste aceitar que o "cara" que te fez sonhar em um país mais justo, também te fez viver em um país mais corrupto.
De tudo isso resta a reflexão: vale a pena passar por cima de todas as regras éticas e práticas morais para obter um projeto de igualdade social? Será se realmente o PT e Lula, um dia, pensou nesse projeto igualitário ou apenas em um projeto de poder? Os fins justificam os meios?
Adeus minha admiração por Lula e junto com ele pelo PT. Não é mais ´possível defender o indefensável.
Agora, uma outra questão é , continuo acreditando em um projeto que transforme este país em uma nação justa , onde todos tenham as mesmas oportunidades e direitos. Refletirei por um período com meus botões se este projeto poderá ser realizado por um governo de esquerda ( com Maduro começo a ter minhas dúvidas), de direita ou de centro.
Eu de minha parte começo a namorar com a social democracia, não a do PSDB, que é tão corrupto quanto a maior parte dos partidos.
Estou em busca.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
POLÍTICA E EDUCAÇÃO
Texto: professor Luciano Matias
Vivemos um momento de nosso país em que a política está sendo colocada como uma instância de nível inferior ou, pior ainda, como algo inútil e que só nos remete à podridão da corrupção. Esse tipo de pensamento, corrobora com a prática indecente de desvio da coisa pública ( res pública), pois pensando dessa forma, acabamos por nos afastar daquilo que deveria ser a prática comum da política e deixamos o caminho dos corruptos e corruptores livres ao seu bel prazer.
A política em sua acepção original, deriva da palavra polis, que por sua vez, nos remete às cidades-estados gregas, onde o bem comum era motivo de reflexão, sobretudo pelos cidadãos atenienses, afeitos ao ócio intelectual. Daí resulta que a prática do bem comum é o que deve nos guiar na busca da verdadeira política.
Erroneamente, imaginamos que política é só o processo eleitoral, de escolha de nossos supostos representantes. Porém, ela é a busca de um projeto de nação, a procura incessante por uma identidade nacional, a perseguição por uma sociedade justa e igualitária.
Dito isso, apresento minha segunda proposição. Esta concepção e esta prática política deve ter sua fonte primeira , nos dias atuais, na educação, sobretudo naquela formal, que se dá nas instituições escolares.
Nesse ambiente devem prevalecer ações que recuperem o sentido pleno da política. As escolas não podem ater-se a conteúdos muitas vezes vazios, sem significado, sem construção de saberes para o bem comum, sem política. Ela deve fomentar a política como prática do bem comum, deve insistir nos valores da solidariedade, fraternidade,igualdade na diversidade.
A escola deve ser berço da democracia moderna, suscitando por meio da participação de toda a comunidade escolar, a democracia tão propalada e tão pouco entendida e praticada.
Por fim, é na escola que devemos saber e saber que sabemos que a política é o pilar de sustentação de uma nação que mereça esta denominação.
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