terça-feira, 19 de setembro de 2017

O PÓS- LULA...

Por Professor Luciano Matias


Resultado de imagem para IMAGEM DE JUSTIÇA SOCIALApós meu último artigo "Lula não dá mais",que não sei o motivo de tamanha repercussão, um grande amigo indagou-me sobre o que colocar no lugar depois da desconstrução feita ao símbolo Lula. 

Acredito que não é chegado o tempo de discutir nomes ( esta momento brevemente chegará), mas ideias.

Com base nisso coloco aqui a plataforma em que acredito e que será a base de escolhas de nomes futuros. Eis:

- Combate a todo tipo de corrupção;

- Superação dos limites do lulismo;

-  Ampla defesa da Soberania Nacional;

- Defesa do funcionalismo público;

- Capitalismo keynesiano;

- Ampliação de direitos, sobretudo de negros, mulheres e indígenas;

- Centralidade ao ambientalismo;

-Revogação da lei antiterror, oriunda do governo Dilma;

- Democratização dos meios de governar;

- Justiça social;

- Enfrentamento  aos monopólios, aos latifúndios, ao rentismo e à destruição do meio ambiente;

- Luta por um país justo, soberano e igualitário;

- Prioridade na educação e saúde;

- Privatização e concessão daquilo que não é essencial e estratégico à soberania nacional(  o que o Estado pode manter sem prejuízo econômico, político e social, que mantenha, sobretudo para garantir o pleno emprego, a saúde e educação para os mais pobres);

- Defesa intransigente da Amazônia;

- Imposto sobre fortunas e heranças;

- Democracia irrestrita;

-Liberdade de pensamento e expressão;

- Respeito às leis como autoridade máxima das instiuições.

- Respeito à pessoa humana como autoridade máxima da vida em sociedade.

 Acredito que esta é uma boa base para o início de uma reflexão de ideias de como construir uma identidade para nosso país.

sábado, 16 de setembro de 2017

LULA NÃO DÁ MAIS...

Por Professor Luciano Matias
Resultado de imagem para imagem de despedida de LulaNão sei o porquê, mas penso muito sobre a política brasileira e um projeto de nação para este país. Chego a ficar angustiado com minhas elucubrações intelectuais. E me perdendo nelas, cheguei à conclusão, para surpresa de muitos, que é hora de uma ruptura.

Comecemos este artigo objetivamente: Lula é culpado pelos crimes a ele imputados. É muito duro para um militante, que sempre acreditou na seriedade e na  honestidade de sua referência política, aceitar estes fatos. Mas o que a realidade tem demonstrado é o contrário do que a vontade dos que admiram o ex-presidente Lula acreditava ser.

Não refiro-me aqui aos feitos das políticas sociais, que para mim, tiveram efeitos positivos na redistribuição da renda, embora tenha, nesta seara, críticas quanto à eternização do assistencialismo que provavelmente não resolva o problema definitivamente. Refiro-me  tão somente ao fato objetivo da corrupção.

Neste momento, acredito , com muito pesar, que não seja possível que todos estejam errados e um só esteja certo.  Embora sem provas concretas, ao menos por enquanto, a palavra de um só não pode ter autoridade sobre todas as outras (isto acontece no tempo e no espaço divino, basta ver Jesus e sua palavra plena); aqueles que eram amigos até a pouco instante, não podem , como que em um passe de mágica, ter se transformado em inimigo, calculista e frio ( seria esse o devir de Heráclito?).

Maquiavel ensinou aos administradores que as coisas boas deviam ser realizadas de gota em gota e as coisas ruins devia ser em uma dosagem única para que os súditos esquecessem rapidamente. Lula, foi além, ofereceu coisas boas  para que as ruins fossem ocultadas.

É por demais triste aceitar que o "cara" que te fez sonhar em um país mais justo, também te fez viver em um país mais corrupto.

De tudo isso resta a reflexão: vale a pena passar por cima de todas as regras éticas e práticas morais para obter um projeto de igualdade social? Será se realmente o PT e Lula, um dia, pensou nesse projeto igualitário ou apenas em um projeto de poder? Os fins justificam os meios?

Adeus minha admiração por Lula e junto com ele pelo PT. Não é mais ´possível defender o indefensável.

Agora, uma outra questão é , continuo acreditando em um projeto que transforme este país em uma nação justa , onde todos tenham as mesmas oportunidades e direitos. Refletirei  por um período com meus botões se este projeto poderá ser realizado por um governo de esquerda ( com Maduro começo a ter minhas dúvidas), de direita ou de centro.

Eu de minha parte começo a namorar com a social democracia, não a do PSDB, que é tão corrupto quanto a maior parte dos partidos.

Estou em busca.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

POLÍTICA E EDUCAÇÃO

Texto: professor Luciano Matias
Resultado de imagem para imagem professor luciano matiasVivemos um momento de nosso país em que a política está sendo colocada como uma instância de nível inferior ou, pior ainda, como algo  inútil e que só nos remete à podridão da corrupção. Esse tipo de pensamento, corrobora com a prática indecente de desvio da coisa pública ( res pública), pois pensando dessa forma, acabamos por nos afastar daquilo que deveria ser a prática comum da política e deixamos o caminho dos corruptos e corruptores livres ao seu bel prazer.

A política em sua acepção original, deriva da palavra polis, que por sua vez, nos remete às cidades-estados gregas, onde o bem comum era motivo de reflexão, sobretudo pelos cidadãos atenienses, afeitos ao ócio intelectual. Daí resulta que a prática do bem comum é o que deve nos guiar na busca da verdadeira política.

Erroneamente, imaginamos que política é só o processo eleitoral, de escolha de nossos supostos representantes. Porém, ela é a busca de um projeto de nação, a procura incessante por uma identidade nacional, a perseguição por uma sociedade justa e igualitária.

Dito isso, apresento minha segunda proposição. Esta concepção e esta prática política deve ter sua fonte primeira , nos dias atuais, na educação, sobretudo naquela formal, que se dá nas instituições escolares.

Nesse ambiente devem prevalecer ações  que recuperem o sentido pleno da política. As escolas não podem ater-se a conteúdos muitas vezes vazios, sem significado, sem construção de saberes para o bem comum, sem política. Ela deve fomentar a política como prática do bem comum, deve insistir nos valores da solidariedade, fraternidade,igualdade na diversidade.

A escola deve ser berço da democracia moderna, suscitando por meio da participação de toda a comunidade escolar, a democracia tão propalada e tão pouco entendida e praticada.

Por fim, é na escola que devemos saber e saber que sabemos que a política é o pilar de sustentação de uma nação que mereça esta denominação.