Reflexão: Professor Luciano
Em tempos de Coronavírus, é fundamental refletirmos sobre a vida humana e suas bases. Até aqui, temos colocado a estrutura humana nas bases do "ter e do poder",em detrimento do "ser" e da dignidade natural do ser humano.
Sem mais delongas, temos substituído o mais profundo, as raízes da vida, pelo aparente, pelo superficial. Não haverá mais espaço para o egoísmo, a ambição,o consumismo, ou não haverá mais vida humana.
A solidariedade, a coletividade, a visão de conjunto, devem ser brotados a partir da atual situação doentia da existência.
Da crise deve renascer homens e mulheres novos, que se percebam como partícipes de uma sociedade e não simplesmente de uma massa amorfa e sem sentido. Essa nova sociedade se impõe, se não pela vontade humana, ao menos pela medida de sobrevivência, de existência em si mesmo, dessa forma se impondo na existência para o outro.
O cuidado com a "casa comum" nas palavras do Papa Francisco, será um pressuposto, uma premissa fundamental na construção dessa nova forma de existência. Perceber-se como membro de um ambiente, não como superior, mas como cuidador será uma das formas essenciais para garantir a nossa sobrevivência. Pensar a economia a partir dos seres humanos concretos e não a partir de simples e frias estatísticas é base elementar para essa nova sociedade.
Esse tempo de "parada", foi requerida pela existência para a respiração do Universo; do nosso universo particular,familiar,perpassando pelo universo religioso,político,social, até o Universo Físico, na acepção estritamente científica. É um "retiro espiritual",uma pausa para reflexão.
O que sairá disso tudo? Qual a resposta do ser humano? Que novidade trará a pós-pandemia? O que seremos e como seremos?
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