TEXTO: PROFESSOR LUCIANO MATIAS
Paulo Freire, patrono da Educação do Brasil e do Maranhão,tem influência fundamental na forma de ensinar e aprender no mundo todo. Formado em Direito e um educador por natureza, Paulo Freire sempre concebeu o ser humano como um eterno aprendiz.
Paulo Freire é uma figura dialógica, tinha paixão pelo questionamento.Toda a sua obra parte dos oprimidos e excluídos da sociedade. Sua forma de educar parte de uma educação libertadora.
Para ele, o espaço da educação é o próprio mundo. Na própria sala de aula a forma de organização deve mudar. A figura do professor como centro e o aluno como figura periférica não cabe na sociedade atual. Paulo Freire propõe a organização em círculo para inserir o professor e o aluno dentro de uma mesma perspectiva.
Paulo Freire prioriza o oprimido. Põe o sujeito excluído como protagonista. Coloca os mais pobres , o trabalhador no centro do processo educacional.
Desenvolve a pedagogia para os oprimidos, buscando que o próprio sujeito oprimido tome consciência de seu lugar histórico; desenvolve a pedagogia da autonomia, onde o educando parte da sua própria história de vida para aprender e decide o que é necessário aprender em sua vida; desenvolve uma pedagogia da esperança, pois o homem sem esperança já morreu,como ele afirmava.
Paulo Freire era um sonhador, toda a obra dele é uma utopia, mas sempre com o pé no chão. O sujeito da proposta dele sempre está relacionado com a condição do trabalhador e com os excluídos da sociedade.
Apesar do sujeito principal do seu método ser o jovem e o adulto, que não tiveram oportunidade no ensino regular, no tempo certo,inseridos no mercado de trabalho,geralmente com responsabilidade de família e de trabalho, a proposta dele é aplicável em cada nível e modalidade da educação.
Para Freire, o professor deve ser mediador da aprendizagem. A educação para Paulo Freire deve ter qualidade social , que significa levar a pessoa a saber pensar e agir,sobretudo a lutar por seus direitos.
Nos tempos difíceis que estamos vivendo, de desmonte da educação, por parte do Governo Federal, os educadores devem refletir sobre a vida e obra de Paulo Freire . E, assim, participar do processo de resistência educadora e dos educadores. Assim também estaremos participando e contribuindo da pedagogia da indignação, elemento primordial de quem não perdeu a esperança de dias melhores.
Se Paulo Freire tivesse entre nós, ele denunciaria tudo o que está acontecendo contra a raça humana e anunciaria a luta por paz, como um cristão fervoroso que era.
Vamos "esperançar" como Paulo Freire sempre afirmava, com fé em dias melhores e em uma educação transformadora.