TEXTO: Professor Luciano Matias
O cristianismo conservador quer ressuscitar o fantasma do comunismo e do falso moralismo, enquanto isso a população mais pobre enfrenta extremas dificuldades sociais e econômicas,fruto do crescente desemprego, da alta inflação do preço dos alimentos,etc.
A tendência do evangelismo é pactuar com o capitalismo, ajustar sua fé à prática nefasta do capitalismo. Nesse sentido, a religião negocia com o capitalismo voraz e destrutivo.
O poder capitalista se mostra mais sedutor do que os ensinamentos cristãos. Muitos adotam posturas contraditórias: são a favor da vida e aplaudem massacres promovidos pelas forças do Estado; chamam de irmãos os fieis de sua igreja, mas praticam todo tipo de preconceitos; proclamam as bem-aventuranças de Jesus e incensam o poder e a riqueza.
Os cristãos devem sim atuar no campo político, mas a partir de um compromisso com o bem-estar daqueles que vivem sem socorro, sem segurança e sem certeza nas periferias físicas e existenciais.
Estas eleições de 2022 são mais uma oportunidade de virarmos a página da história e colocarmos o pobre,com todos os seus percalços, no centro das reflexões e das práticas políticas.
O cristianismo verdadeiro deve ser humanista ou não será cristão.