Texto: professor Luciano Matias
Vivemos um momento de nosso país em que a política está sendo colocada como uma instância de nível inferior ou, pior ainda, como algo inútil e que só nos remete à podridão da corrupção. Esse tipo de pensamento, corrobora com a prática indecente de desvio da coisa pública ( res pública), pois pensando dessa forma, acabamos por nos afastar daquilo que deveria ser a prática comum da política e deixamos o caminho dos corruptos e corruptores livres ao seu bel prazer.
A política em sua acepção original, deriva da palavra polis, que por sua vez, nos remete às cidades-estados gregas, onde o bem comum era motivo de reflexão, sobretudo pelos cidadãos atenienses, afeitos ao ócio intelectual. Daí resulta que a prática do bem comum é o que deve nos guiar na busca da verdadeira política.
Erroneamente, imaginamos que política é só o processo eleitoral, de escolha de nossos supostos representantes. Porém, ela é a busca de um projeto de nação, a procura incessante por uma identidade nacional, a perseguição por uma sociedade justa e igualitária.
Dito isso, apresento minha segunda proposição. Esta concepção e esta prática política deve ter sua fonte primeira , nos dias atuais, na educação, sobretudo naquela formal, que se dá nas instituições escolares.
Nesse ambiente devem prevalecer ações que recuperem o sentido pleno da política. As escolas não podem ater-se a conteúdos muitas vezes vazios, sem significado, sem construção de saberes para o bem comum, sem política. Ela deve fomentar a política como prática do bem comum, deve insistir nos valores da solidariedade, fraternidade,igualdade na diversidade.
A escola deve ser berço da democracia moderna, suscitando por meio da participação de toda a comunidade escolar, a democracia tão propalada e tão pouco entendida e praticada.
Por fim, é na escola que devemos saber e saber que sabemos que a política é o pilar de sustentação de uma nação que mereça esta denominação.
Infelizmente Luciano
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