Basicamente um trabalho de aprendiz, discípulo tardio de Wittgenstein. Ao descrever aqui como foi meu caminho,
  • não quero dizer que precisa seguir algum filósofo linguista para entender os evangelhos,
  • mas, isso sim, que precisa ‘dissipar a neblina’, ‘sair da garrafa’, ‘encontrar a saída do labirinto’.

3. Atualmente, a bíblia é um labirinto para muitos, um mundo de errâncias confusas, para lá e para cá, em textos e citações, sem saída. O pregador retira um texto de seu contexto e o comenta a seu entender. As pessoas vão para casa com alguma frase na cabeça, uma citação bíblica, uma ‘palavra de Deus’. Mas permanece a neblina que não se dissipa. É o fundamentalismo. Meu livro é antes de tudo uma alerta diante o perigo fundamentalista.
 Como escrevi na apresentação do livro, dirigida à editora, já em 2015: ‘A curto ou médio prazo, o tema do fundamentalismo entrará na agenda daquelas igrejas cristãs que manifestem uma responsabilidade mínima no tocante à boa orientação de seus fiéis. O que se verifica hoje é uma maré de interpretações irresponsáveis e injustificadas da bíblia, que ameaça inundar por inteiro os campos confessionais e transformar o cristianismo num movimento entregue a interesses particulares.