Texto: Prof. Luciano
O pensamento é um instrumento essencial no processo de libertação humana. Entendo, que o ser humano, sobretudo o mais empobrecido da sociedade, está escravo de uma prática onde a relação dominador-dominado é algo natural.Há os que mandam e outros que obedecem,esta seria o desdobramento normal da sociedade, para que nela reine a ordem e, consequentemente, a paz.
Ocorre porém, que o exercício do verdadeiro pensamento, desafia este princípio da naturalidade da dominação e, propõe um pensar e agir livre de todos os entraves que são postos como mecanismos mantenedores da subserviência natural. O pensamento pode ser instrumento de libertação, no sentido de fazer-nos pensar em uma sociedade onde a construção coletiva dela seja o eixo central, onde não haja espaços para a obediência cega a normas e leis que nem construídas foram pelas pessoas que fazem essa entidade social.
Platão em sua "Alegoria da Caverna", traz uma luz à essa reflexão, quando propõe o pensamento como a chave que nos liberta dos grilhões da escuridão e nos oferece o esplendor da realidade, a beleza das coisas em si mesmo, da substância, das formas, sobretudo a do bem. Isso significa, deixar as aparências e ir mais profundo nas relações, aparentemente verdadeiras, mas que são fabricadas nos porões recônditos da história, para que tenham um ar de real.
Nesse ponto, encontra-se o processo de dominador-dominado. processo pré- fabricado para que pensemos que seja natural ser submetidos ao jugo de quem manda. Consequentemente seria natural também que existam em uma mesma sociedade empobrecidos e ricos; alfabetizados e "analfabetizados";inteligentes e ignorantes, etc.
Precisamos superar essa dicotomia, e em um processo dialético e contínuo, podemos contar com o pensamento para a libertação, primeiro intelectual, é claro.
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