quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Valdenito Almeida: A crise da democracia representativa no Brasil

Ainda não conseguimos vivenciar a democracia participativa, e já estamos vendo a democracia representativa envolvida na sua maior crise da história do Brasil, e nos obrigando a lutar pela sua recuperação. E a crise da democracia representativa, não é expressa somente quando o povo e os (as) trabalhadores (as) deixam de acreditar no voto, quando expressa que não acredita no político e na política, ela se revela também, quando o poder legislativo trabalha na direção de substituir o voto popular.
Veja por exemplo, as atitudes destruidoras do sistema democrático, externada pelo STF (supremo tribunal federal), pelo MPF (ministério público federal) e pela PF (policia federal), quando a todo o momento, e abertamente, de forma proposital, atropela a clausula pétrea da constituição brasileira, que diz: “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”.
Por isso a nossa principal tarefa é a de conceber a defesa da democracia representativa como prioridade absoluta. Não dá pra gente ver o Ministério Público agindo como se fosse governo, exigindo demissões, contratações, definindo critérios para contratação de servidores públicos etc e tal. É certo que não dá pra dar carta branca para o poder executivo fazer o que quiser e como quiser, mas também não dá para aceitar a ingerência do poder legislativo, no poder executivo, haveremos de encontrar um meio termo. E o debate desta pauta quem tem de fazer é o PT, na linha de que governa quem foi eleito (a) para governar.
O PT precisa fazer uma campanha sobre a importância do voto, precisa mostrar que o voto é absoluto, e que é através do voto, que a gente escolhe o país que queremos.
E o mais grave, pela primeira vez no Brasil, a tese de não respeitar a constituição, não respeitar os direitos adquiridos e o conceito internacional de que todos são inocentes até que se prove ao contrário, encontra apoio popular, tanto no que diz respeito ao atropelo á constituição, quanto nas tarefas de desmontar o maior partido operário, desmoralizar o (a) eleitor (a) e desconstruir o Lula que é a maior reserva de representação popular e operária da política brasileira.
Ora, se nenhuma das instituições acima citadas emana do voto popular e estão tirando, concedendo mandatos legislativo e executivo, e de lambuja, na medida em que define a quantidade de cargos de confiança e estabelece critério para contratar servidor, interferem diretamente na gestão do poder executivo, então, estamos falando de uma enorme agressão á democracia construída através do voto, que, diga-se de passagem, é muito mais do que uma afronta ao voto, chega ser uma aberração.
E, no que diz respeito ao Lula, a situação é ainda mais grave, é visível a olho nu que o status quo neoliberal está trabalhando estrategicamente para tirar a possibilidade de uma possível candidatura, em tese, quando transformaram o Lula que é inocente, em réu, já construíram a possibilidade dele não ser candidato, é a maléfica pró-atividade para proteger o capital especulativo e a extrema-direita operando e se movimentando com toda sua carga de maldades.
Não temos dúvidas, que todo esse imbróglio que envolve o parlamento brasileiro, o STF, o MPF, a PF e a grande maioria da mídia, faz parte de um jogo que entrará para a história do povo e para a história dos (as) trabalhadores (as) brasileiros (as), como um trabalho sob encomenda e predatório ás nossas riquezas, que foi encabeçado pelo PSDB/DEM/PPS/ e setores do PMDB, objetivando confiscar direitos dos (as) trabalhadores (as) e do povo, aumentar lucros, entregar empresas públicas e doar o pré-sal e falir empresas nacional para tirar o USA da crise.

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