sexta-feira, 14 de agosto de 2020

RELIGIÃO E DEUS (Parte 2)

       Texto:Professor Luciano

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Continuamos com a reflexão filosófica sobre a religião e Deus.

Na Idade Moderna, o filósofo francês Descartes (1596-1650), construiu o raciocínio que coloca o pensamento como a única coisa existente primordialmente. Daí nasce a base racional da existência de Deus. Para ele a ideia de Deus não poderia ter vindo do nada, pois do nada não se origina coisa alguma,sobretudo um ser perfeito. Descartes ainda afirma que a ideia de perfeição não pode vir de algo imperfeito,portanto só pode se originar de algo Perfeito,ou seja, Deus.

Thomas Hobbes (1588-1679),filósofo inglês)em sua obra Leviatã, trata de aspectos sociais e políticos do Estado,mas também trata da religião e do poder eclesiástico. Ele defende a democracia dentro do seio da Igreja, como a eleição dos ministros religiosos pelos fieis,a jurisdição da Igreja somente sobre seus membros e oferta voluntária dos fieis à Igreja no lugar de dízimos obrigatórios.

Baruch Spinoza (1632-1677),entendia que Deus tinha uma unidade em si mesmo e que o Homem fazia parte da essência do Divino. Nenhuma coisa existe fora de Deus.Para ele o livre-arbítrio era condicionado por circunstâncias externas,portanto não era tão livre assim.Para ele, os Livros Sagrados trazem preceitos práticos para adoração a Deus e amor ao próximo.

A religião é utilizada pelos dominantes para ludibriar e controlar a massa trabalhadora, pelo menos assim é o que pensava o filósofo Karl Marx(1818-1883),pois criava uma falsa esperança de resolução dos problemas.Seria uma felicidade ilusória. Marx queria abolir as instituições, inclusive a religiosa, que para ele trabalharia para a manutenção da dominação dos burgueses.

Na contemporaneidade,surgem pensamentos como o de Nietzsche (1844-1900), que critica a religião cristã e a ideia de Deus.Para ele, o cristianismo tornou um ser humano um fraco,dependente de um ser superior e sobrenatural.Nega os impulsos naturais do ser humano.Ele não faz crítica a Jesus Cristo, mas o que fizeram dele. Para ele, Paulo é o verdadeiro fundador do cristianismo.Nietzsche afirma que Deus está morto como verdade eterna,como um ser que conduz o mundo. Com isso ele quis questionar se ainda era necessário ter fé em Deus.

Sartre (1905-1980) afirma que Deus não existe e, portanto o homem é livre.O homem é condenado a ser livre.

Acredito, enfim, que a questão principal, não é se Deus existe, mas quem é Deus, para nós. Tenho a convicção plena que a humanidade, mais do que nunca, precisa de Deus e que a religião como forma de ligar-nos ao divino é fundamental para o ser humano, até para os ateus.

Próxima semana enfrentaremos,neste espaço, o último dos quatro grandes temas filosóficos: a política.


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