quarta-feira, 8 de julho de 2020

EDUCAÇÃO E PANDEMIA: PEQUENA REFLEXÃO.

Texto: Professor Luciano Matias
Resultado de imagem para imagem de educaçãoA educação pública brasileira está sofrendo mais um gigantesco revés,desta feita por conta da Pandemia do Covid-19. Gigantesco também são os números educacionais. Segundo o Censo Escolar de 2019 são 38,7 milhões de crianças, adolescentes,jovens e adultos estudando nas redes federal, estaduais e municipais de educação. Na rede privada são 9,1 milhões de estudantes. São 2,7 milhões de docentes e, quase 3 milhões de profissionais de apoio à atividade educacional.

São pessoas atingidas diretamente com a Pandemia e/ou com as suas consequências.Todos eles aprendendo a fazer um novo jeito de aprender e ensinar em sua formalidade.Os 5568 municípios brasileiros estão atônitos com essa nova realidade.

A tecnologia e suas mídias nunca, no âmbito educacional, foi tão requerida e, ao mesmo tempo contestada, em uma relação de contradição e dubiedade.

Certo é que devem ser garantidos os Direitos de Aprendizagem preconizados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aos estudantes. Nesse sentido os calendários escolares devem ser reorganizados assim como as propostas pedagógicas,observando as normas das instâncias responsáveis por conduzirem a educação no País.

Vivemos em tempos de crise, mas isso não é de todo ruim, pois a palavra crise vem do grego Krísis, ação ou tomada de atitude, nesse sentido precisamos agir e rever alguns "normais" da educação.

Precisamos redefinir o papel das escolas neste processo de construção de conhecimentos, habilidades,competências e atitudes; redefinir o papel de cada sujeito educacional;criar novos mecanismos de inclusão familiar na comunidade escolar; promover a saúde e bem-estar da comunidade escolar; trabalhar as competências socioemocionais; desenvolver estratégias para trazer definitivamente a tecnologia para as salas de aula;rever processos de avaliação; reprojetar os espaços escolares, trabalhar a questão das relações humanas.

Vale lembrar neste momento uma afirmação de Paulo Freire " O professor é, naturalmente, um artista, mas ser um artista não significa que ele ou ela consiga formar o perfil,possa moldar os alunos.O que um educador faz no ensino é tornar possível que os estudantes se tornem eles mesmos". Neste momento, mais do que qualquer outro, o professor está concretizando o que sempre afirmou o Patrono da Educação brasileira.

Cabe aqui, para finalizar esta breve reflexão o que Aristóteles afirmou na Grécia Antiga:"É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer".

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